- Anda, Allan, acorda!
- Tô indo, mãe!
Nesse dia Allan demorou a se levantar, mal sabia ele o que tinha sucedido a noite passada, só sabia que havia sido algo fantástico, inexplicável.
- Vamos Allan, você tem que ir à aula!
- Não estou com vontade...
- Olha meu filho, eu sei que está sendo difícil para você, esta sendo para todos nós, mas não podemos deixar de viver.
Era esta a vontade que Allan sentia. O clima em sua casa, situada à rua John Locke, 101 em São Francisco, estava péssimo desde que seu pai falecera, há pouco tempo. Allan não pode ver nem sequer os restos mortais de seu pai pois este fora carbonizado. Ele estava em batalha, pela segunda guerra mundial, morrera em nome da pátria. Allan lembrava – se até hoje da morte de seu pai, tinha apenas 14 anos na época.
- Papai, quando você volta ?
- Logo, filho
- Não vá!
- Tenho que ir, ou irei preso.
- Então fuja, vamos fugir todos nós!
- Meu filho, há coisas que você só vai entender quando crescer, agora de cá um abraço...
Desde esta época Allan crescera, tinha agora 17 anos e estava no ensino médio. Allan era um garoto alto, magro, tinha os cabelos ruivos e os olhos claros. Todos diziam que ele era parecidíssimo com seu pai, exceto os olhos verdes que herdara de sua mãe. Joane era uma mulher muito calma e distinta, mas que também não se conformava com a morte de seu marido, embora tentasse parecer muito forte na frente de seu filho.
Allan levantou, ainda confuso com o que acontecera a noite passada, más foi tomar café. Dirigiu – se a cozinha, que era grande e bem colorida como gostava sua mãe, lá havia uma mesa onde Joane encontrava – se sentada, ele sentou – se e talvez sua mãe tenha falado alguma coisa, mas ele não escutou de tão pensativo que estava sobre a noite passada...
- ...às 3h passo na tia Guida....Allan ! Você esta me escutando ?
- Desculpe mamãe...
- O que houve ?
- Nada não mamãe, foi só um sonho ruim
- Sonhou com o que ?
- Depois eu falo, se não perco o ônibus para a escola...tchau!
Não era do costume de Allan mentir para sua mãe, mas hoje o fez pois não sabia como contar o que aconteceu. Quando estava saindo, não sabia porque mas sentiu muita vontade de dar um abraço e sua mãe...e foi deu um abraço bem apertado.
De fato, Allan quase perdeu o ônibus. Quando entrou a confusão era tanta na sua cabeça que mal falou com seus amigos que estavam sentados na frente, foi logo falar com seu amigo Ronald.
- Oi
- Oi Allan, tudo bem ?
- Tudo
- Você esta como uma cara esquisita, o que houve ?
- Aconteceu uma coisa muito sinistra hoje a noite cara
- Me conta!
Ronald era o melhor amigo de Allan, então ele decidiu contar tudo o que houve :
Foi a noite, eu não estava conseguindo dormir de jeito algum, quando escutei um barulho esquisito no meu armário. Fui ver o que era e quando abri havia lá um jogo que eu nunca tinha visto, só tinha uma coisa escrita na caixa: “O JOGO”. Pensei que era um jogo novo que minha mãe havia comprado, então fui jogar. Quando eu estava indo jogar, dei de cara com a foto do meu pai, fiquei muito mal e pedi muito a Deus que o trouxesse de volta, mesmo sabendo que não era possível, mas acho que ele tentou me atender.
- Como?
- Calma, você já vai entender, voltando, armei o jogo e era um jogo do tempo, tinha que jogar um dado e ele iria cair em algum ano, caiu em 1919.
Foi ai que algo extraordinário aconteceu, uma luz verde saiu to tabuleiro e me envolveu todo, eu comecei a rodar no ar e...
- Allan, você estava sonhando!
- Não Ronald, foi real, foi muito real! Aconteceu mesmo...
- Más...
- Calma, deixa eu terminar !
Eu continuei rodando no ar, como se estivesse em um tornado, porém verde, quando...BAMM! Eu cai com tudo em um chão, não doeu e nem era na John Locke! Eu estava muito assustado, quando olhei para os lados e vi que estava em um jardim, enorme, e que aos fundo havia uma casa branca e enorme. Havia vários seguranças em um portão enorme. Foi nesta hora que olhei bem e percebi onde estava, eu estava na Casa Branca !
- Wau! Allan, tem certeza que não estava sonhando ?
- NÃO! Foi realidade, pura realidade !
- Continua...
- Agora não! Chegamos, vamos temos que descer.
Ronald mal podia acreditar no que estava escutando, até achou que fosse brincadeira, mas havia muita convicção no modo com que Allan falava. Os dois desceram e entraram, foram ter com alguns amigos, mas nenhum dos dois estava realmente lá, estavam em ontem a noite.
Aquelas aulas não passavam nem para Allan nem para Ronald, eles não viam a hora de chagar o intervalo, Allan para contar e Ronald para escutar. Enfim o intervalo chegou, os dois foram para o pátio e Allan continuou a contar sua história :
- Onde parei mesmo ?
- Você percebeu que caiu no jardim da Casa Branca!
- Sim, eu cai lá e fiquei desesperado sem saber o que fazer, então decidi falar com um dos seguranças que estavam no portão:
- Senhor,por favor, o que esta acontecendo ?
- Senhor ? Você esta me ouvindo ?
Não, ele não estava me escutando e também não me via ! Era como se eu fosse um fantasma! Então eu toquei nele, ele desviou apenas como se algum mosquito estivesse pousado nele. Foi quando eu vi dois homens passarem conversando rapidamente, muito elegantes. Fui seguindo eles e escutei o que eles diziam :
- Estou dizendo, Jon, isso vai acabar gerando mais conflitos!
- Pode até ser, mas o presidente não esta disposto a voltar atrás!
Os dois homens entraram na Casa Branca, eu entrei junto com eles, lá dentro é magnífico, mas isso não vem ao caso, escutei o que eles falavam:
- Este tratado de Versalhes ainda vai causar uma outra guerra, pode acreditar !
- Janeiro de 1919 acabou uma grande guerra, para começar uma maior ainda!
Nesta hora eu parei, paralisei, petrifiquei. Agora eu tinha entendido o que estava acontecendo, o porque estava lá, o tratado de Versalhes de 1919 !
- Não consigo entender...
- Pense, Ronald! Lembra da aula de história ? O que foi o tratado de Versalhes? Lembra ?
- Sim, foi o que marcou o fim da primeira guerra, mas também foi decisivo para que ocorresse a segunda...Claro !
- Entendeu? Era por isso que eu estava lá, para impedir que este tratado fosse assinado e que ocorresse a segunda guerra...e se não fosse a segunda guerra, meu pai estaria vivo !
Nesta hora bateu o sinal, os dois foram para a classe. Allan contava sua história com uma convicção, e também uma tristeza, Ronald que não sabia o que pensar antes,. agora não sabia nem o que falar ao seu amigo.
As horas que se passaram foram muito maçantes para ambos, eles queriam que a hora passasse logo para que Allan continuasse narrando. Quando o sinal da última aula bateu, mal se despediram de seus amigos e dirigiram – se logo a um parque que ficava próximo ao colégio.
- Conta, Allan, depois que você descobriu porque estava lá o que fez ?
- Decidi, eu iria impedir que o tratado de Versalhes fosse assassinado, custasse o que custar !
Continuei seguindo os dois homens, e descobri que quem iria assinar o tratado era o presidente Woodrow Wilson, então era fácil, só precisaria achar o presidente e como ninguém poderia me ver não seria difícil. Continuei atrás deles, até que eles encontram uma mulher, muito elegante, ela diz aos dois:
- Estou indo a encontro do presidente, ele vai assinar o tratado em alguns minutos.
Foi então que comecei a seguir esta mulher, ela subiu várias escadas e então chegou a um andar muito deserto, exceto por um agente do FBI que estava parado a uma porta enorme ao fim de um corredor muito extenso com vários quadros. A moça chegou a porta cumprimentou o agente, bateu na porta e entrou.
- Com licença Sr. Presidente, esta tudo pronto, em breve o Bill chega com o tratado para ser assinado.
- Obrigado, Chloe.
Os dois continuaram a falar, e eu cada vez mais nervoso, meu coração batia freneticamente, alguma coisa me dizia que eu só teria uma chance, então me surgiu uma idéia que me pareceu boa na hora, quando o tal do Bill entrasse eu rasgaria o papel que selava o tratado...
- TOK TOK TOK
- Entre, Bill
- BAMM
Eu tinha ido para cima de Bill, derrubei–o, ele assustou-se, então eu peguei o papel...o papel, aquilo era um papel, só um papel que poderia ser refeito 100 vezes se necessário. Petrifiquei novamente, a única coisa a se fazer agora passava pela minha cabeça, teria eu coragem ? Teria ! Era não só pelo meu pai mais por centenas de milhares de vidas, confesso que não pensei muito nas vidas na hora e sim no meu pai.
- É POR VOCÊ PAPAI !
Levantei-me num gesto brusco, passei por cima de Bill e fui correndo em direção ao corredor, olhei para o agente, e vi o instrumento que precisava em sua cintura, sim, era uma arma, fui com tudo e dei um soco na cara do agente, ele ficou desnorteado pois não me via, então dei um golpe em sua nuca que o fez desmaiar, peguei sua arma que mal agüentava carregar, entrei novamente na sala em que os três estavam tentando entende o que aconteceu, levantei a arma com esforço, diretamente para a cabeça o presidente.
- Não faça isso !
Quem disso isso? O presidente! Sim agora eles podiam me ver! Apertei o botão de controle, uma luz vermelha acendeu e mirou direto na cara do presidente , agora era só puxar o gatilho e estava feito, meu pai estaria de volta, meu coração estava a mil, eu estava tremendo, suando frio, todos olhando para mim , fiz força para apertar o gatilho e.....
- TAFT !
Deixei a arma cair no chão, logo senti novamente a luz verde e eu estava no ar voando de novo embaraçado pelo tornado...
- BAMMM!
Olhei para os lados e eu estava novamente à rua John Locke, em casa.
- Meu Deus, então você....
Ronaldo parou de falar, Allan estava chorando.
- Calma Allan, já passou !
Nem Ronald sabia o que dizer, estava pasmo, horrorizado, não sabia o que pensar. Achara antes que havia sido um sonho de Allan, más o modo com que ele contara tudo.....
- Eu fracassei, Ronald, eu tive a chance de trazer meu pai de volta e não consegui, fui covarde
- Não ! Você tentou ! Se não conseguiu a culpa não é sua, onde quer que seu pai esteja...
Ronald até deve ter falado alguma coisa, mas Allan não escutou, tudo o que passava na sua cabeça é que ele fracassara, era culpa dele o pai não estar de volta...Se pudesse voltar atrás....Claro, iria jogar de novo, iria voltar pra casa e voltar no tempo novamente e desta vez não erraria! Sem dizer nada a Ronald Allan levantou-se como um trovão e saiu correndo com tudo para casa, Ronald saiu correndo atrás dele.
- Para onde você vai ??
Allan nem escutou, corria freneticamente, não olhava par lugar nenhum, só pensava em chagar muito rápido á rua John Locke, quando escuta um berro de Ronald:
- ALLAAAAANNNNNNNNNNNNNNN !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Allan parou bruscamente , olhou para o lado e....
O enterro de Allan fora em 15 de novembro de 1941, junto com o de sua mãe Joane.
Ronald não se conformava com a morte de seu amigo, na sua frente, a dois dias atrás, atropelado por um ônibus, tão pouco entendia que a mãe de Allan tivera um enfarto e morrera também ao receber esta notícia.
E assim estava, as pessoas que Ronald mais gostava na vida depois de sua família mortas, Ronald sentiu vontade de morrer também, só para não sentir o que estava sentindo. Foi tudo tão rápido, se Ronald estivesse segurado Allan...Se ele pudesse voltar no tempo...CRAFT ! Um barulho no armário, começou a se sentir feliz, uma ponta de esperança, abriu com tudo o armário e encontrou lá, uma caixa em que as únicas palavras escritas nela eram: “ O JOGO “.
Alex
- Tô indo, mãe!
Nesse dia Allan demorou a se levantar, mal sabia ele o que tinha sucedido a noite passada, só sabia que havia sido algo fantástico, inexplicável.
- Vamos Allan, você tem que ir à aula!
- Não estou com vontade...
- Olha meu filho, eu sei que está sendo difícil para você, esta sendo para todos nós, mas não podemos deixar de viver.
Era esta a vontade que Allan sentia. O clima em sua casa, situada à rua John Locke, 101 em São Francisco, estava péssimo desde que seu pai falecera, há pouco tempo. Allan não pode ver nem sequer os restos mortais de seu pai pois este fora carbonizado. Ele estava em batalha, pela segunda guerra mundial, morrera em nome da pátria. Allan lembrava – se até hoje da morte de seu pai, tinha apenas 14 anos na época.
- Papai, quando você volta ?
- Logo, filho
- Não vá!
- Tenho que ir, ou irei preso.
- Então fuja, vamos fugir todos nós!
- Meu filho, há coisas que você só vai entender quando crescer, agora de cá um abraço...
Desde esta época Allan crescera, tinha agora 17 anos e estava no ensino médio. Allan era um garoto alto, magro, tinha os cabelos ruivos e os olhos claros. Todos diziam que ele era parecidíssimo com seu pai, exceto os olhos verdes que herdara de sua mãe. Joane era uma mulher muito calma e distinta, mas que também não se conformava com a morte de seu marido, embora tentasse parecer muito forte na frente de seu filho.
Allan levantou, ainda confuso com o que acontecera a noite passada, más foi tomar café. Dirigiu – se a cozinha, que era grande e bem colorida como gostava sua mãe, lá havia uma mesa onde Joane encontrava – se sentada, ele sentou – se e talvez sua mãe tenha falado alguma coisa, mas ele não escutou de tão pensativo que estava sobre a noite passada...
- ...às 3h passo na tia Guida....Allan ! Você esta me escutando ?
- Desculpe mamãe...
- O que houve ?
- Nada não mamãe, foi só um sonho ruim
- Sonhou com o que ?
- Depois eu falo, se não perco o ônibus para a escola...tchau!
Não era do costume de Allan mentir para sua mãe, mas hoje o fez pois não sabia como contar o que aconteceu. Quando estava saindo, não sabia porque mas sentiu muita vontade de dar um abraço e sua mãe...e foi deu um abraço bem apertado.
De fato, Allan quase perdeu o ônibus. Quando entrou a confusão era tanta na sua cabeça que mal falou com seus amigos que estavam sentados na frente, foi logo falar com seu amigo Ronald.
- Oi
- Oi Allan, tudo bem ?
- Tudo
- Você esta como uma cara esquisita, o que houve ?
- Aconteceu uma coisa muito sinistra hoje a noite cara
- Me conta!
Ronald era o melhor amigo de Allan, então ele decidiu contar tudo o que houve :
Foi a noite, eu não estava conseguindo dormir de jeito algum, quando escutei um barulho esquisito no meu armário. Fui ver o que era e quando abri havia lá um jogo que eu nunca tinha visto, só tinha uma coisa escrita na caixa: “O JOGO”. Pensei que era um jogo novo que minha mãe havia comprado, então fui jogar. Quando eu estava indo jogar, dei de cara com a foto do meu pai, fiquei muito mal e pedi muito a Deus que o trouxesse de volta, mesmo sabendo que não era possível, mas acho que ele tentou me atender.
- Como?
- Calma, você já vai entender, voltando, armei o jogo e era um jogo do tempo, tinha que jogar um dado e ele iria cair em algum ano, caiu em 1919.
Foi ai que algo extraordinário aconteceu, uma luz verde saiu to tabuleiro e me envolveu todo, eu comecei a rodar no ar e...
- Allan, você estava sonhando!
- Não Ronald, foi real, foi muito real! Aconteceu mesmo...
- Más...
- Calma, deixa eu terminar !
Eu continuei rodando no ar, como se estivesse em um tornado, porém verde, quando...BAMM! Eu cai com tudo em um chão, não doeu e nem era na John Locke! Eu estava muito assustado, quando olhei para os lados e vi que estava em um jardim, enorme, e que aos fundo havia uma casa branca e enorme. Havia vários seguranças em um portão enorme. Foi nesta hora que olhei bem e percebi onde estava, eu estava na Casa Branca !
- Wau! Allan, tem certeza que não estava sonhando ?
- NÃO! Foi realidade, pura realidade !
- Continua...
- Agora não! Chegamos, vamos temos que descer.
Ronald mal podia acreditar no que estava escutando, até achou que fosse brincadeira, mas havia muita convicção no modo com que Allan falava. Os dois desceram e entraram, foram ter com alguns amigos, mas nenhum dos dois estava realmente lá, estavam em ontem a noite.
Aquelas aulas não passavam nem para Allan nem para Ronald, eles não viam a hora de chagar o intervalo, Allan para contar e Ronald para escutar. Enfim o intervalo chegou, os dois foram para o pátio e Allan continuou a contar sua história :
- Onde parei mesmo ?
- Você percebeu que caiu no jardim da Casa Branca!
- Sim, eu cai lá e fiquei desesperado sem saber o que fazer, então decidi falar com um dos seguranças que estavam no portão:
- Senhor,por favor, o que esta acontecendo ?
- Senhor ? Você esta me ouvindo ?
Não, ele não estava me escutando e também não me via ! Era como se eu fosse um fantasma! Então eu toquei nele, ele desviou apenas como se algum mosquito estivesse pousado nele. Foi quando eu vi dois homens passarem conversando rapidamente, muito elegantes. Fui seguindo eles e escutei o que eles diziam :
- Estou dizendo, Jon, isso vai acabar gerando mais conflitos!
- Pode até ser, mas o presidente não esta disposto a voltar atrás!
Os dois homens entraram na Casa Branca, eu entrei junto com eles, lá dentro é magnífico, mas isso não vem ao caso, escutei o que eles falavam:
- Este tratado de Versalhes ainda vai causar uma outra guerra, pode acreditar !
- Janeiro de 1919 acabou uma grande guerra, para começar uma maior ainda!
Nesta hora eu parei, paralisei, petrifiquei. Agora eu tinha entendido o que estava acontecendo, o porque estava lá, o tratado de Versalhes de 1919 !
- Não consigo entender...
- Pense, Ronald! Lembra da aula de história ? O que foi o tratado de Versalhes? Lembra ?
- Sim, foi o que marcou o fim da primeira guerra, mas também foi decisivo para que ocorresse a segunda...Claro !
- Entendeu? Era por isso que eu estava lá, para impedir que este tratado fosse assinado e que ocorresse a segunda guerra...e se não fosse a segunda guerra, meu pai estaria vivo !
Nesta hora bateu o sinal, os dois foram para a classe. Allan contava sua história com uma convicção, e também uma tristeza, Ronald que não sabia o que pensar antes,. agora não sabia nem o que falar ao seu amigo.
As horas que se passaram foram muito maçantes para ambos, eles queriam que a hora passasse logo para que Allan continuasse narrando. Quando o sinal da última aula bateu, mal se despediram de seus amigos e dirigiram – se logo a um parque que ficava próximo ao colégio.
- Conta, Allan, depois que você descobriu porque estava lá o que fez ?
- Decidi, eu iria impedir que o tratado de Versalhes fosse assassinado, custasse o que custar !
Continuei seguindo os dois homens, e descobri que quem iria assinar o tratado era o presidente Woodrow Wilson, então era fácil, só precisaria achar o presidente e como ninguém poderia me ver não seria difícil. Continuei atrás deles, até que eles encontram uma mulher, muito elegante, ela diz aos dois:
- Estou indo a encontro do presidente, ele vai assinar o tratado em alguns minutos.
Foi então que comecei a seguir esta mulher, ela subiu várias escadas e então chegou a um andar muito deserto, exceto por um agente do FBI que estava parado a uma porta enorme ao fim de um corredor muito extenso com vários quadros. A moça chegou a porta cumprimentou o agente, bateu na porta e entrou.
- Com licença Sr. Presidente, esta tudo pronto, em breve o Bill chega com o tratado para ser assinado.
- Obrigado, Chloe.
Os dois continuaram a falar, e eu cada vez mais nervoso, meu coração batia freneticamente, alguma coisa me dizia que eu só teria uma chance, então me surgiu uma idéia que me pareceu boa na hora, quando o tal do Bill entrasse eu rasgaria o papel que selava o tratado...
- TOK TOK TOK
- Entre, Bill
- BAMM
Eu tinha ido para cima de Bill, derrubei–o, ele assustou-se, então eu peguei o papel...o papel, aquilo era um papel, só um papel que poderia ser refeito 100 vezes se necessário. Petrifiquei novamente, a única coisa a se fazer agora passava pela minha cabeça, teria eu coragem ? Teria ! Era não só pelo meu pai mais por centenas de milhares de vidas, confesso que não pensei muito nas vidas na hora e sim no meu pai.
- É POR VOCÊ PAPAI !
Levantei-me num gesto brusco, passei por cima de Bill e fui correndo em direção ao corredor, olhei para o agente, e vi o instrumento que precisava em sua cintura, sim, era uma arma, fui com tudo e dei um soco na cara do agente, ele ficou desnorteado pois não me via, então dei um golpe em sua nuca que o fez desmaiar, peguei sua arma que mal agüentava carregar, entrei novamente na sala em que os três estavam tentando entende o que aconteceu, levantei a arma com esforço, diretamente para a cabeça o presidente.
- Não faça isso !
Quem disso isso? O presidente! Sim agora eles podiam me ver! Apertei o botão de controle, uma luz vermelha acendeu e mirou direto na cara do presidente , agora era só puxar o gatilho e estava feito, meu pai estaria de volta, meu coração estava a mil, eu estava tremendo, suando frio, todos olhando para mim , fiz força para apertar o gatilho e.....
- TAFT !
Deixei a arma cair no chão, logo senti novamente a luz verde e eu estava no ar voando de novo embaraçado pelo tornado...
- BAMMM!
Olhei para os lados e eu estava novamente à rua John Locke, em casa.
- Meu Deus, então você....
Ronaldo parou de falar, Allan estava chorando.
- Calma Allan, já passou !
Nem Ronald sabia o que dizer, estava pasmo, horrorizado, não sabia o que pensar. Achara antes que havia sido um sonho de Allan, más o modo com que ele contara tudo.....
- Eu fracassei, Ronald, eu tive a chance de trazer meu pai de volta e não consegui, fui covarde
- Não ! Você tentou ! Se não conseguiu a culpa não é sua, onde quer que seu pai esteja...
Ronald até deve ter falado alguma coisa, mas Allan não escutou, tudo o que passava na sua cabeça é que ele fracassara, era culpa dele o pai não estar de volta...Se pudesse voltar atrás....Claro, iria jogar de novo, iria voltar pra casa e voltar no tempo novamente e desta vez não erraria! Sem dizer nada a Ronald Allan levantou-se como um trovão e saiu correndo com tudo para casa, Ronald saiu correndo atrás dele.
- Para onde você vai ??
Allan nem escutou, corria freneticamente, não olhava par lugar nenhum, só pensava em chagar muito rápido á rua John Locke, quando escuta um berro de Ronald:
- ALLAAAAANNNNNNNNNNNNNNN !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Allan parou bruscamente , olhou para o lado e....
O enterro de Allan fora em 15 de novembro de 1941, junto com o de sua mãe Joane.
Ronald não se conformava com a morte de seu amigo, na sua frente, a dois dias atrás, atropelado por um ônibus, tão pouco entendia que a mãe de Allan tivera um enfarto e morrera também ao receber esta notícia.
E assim estava, as pessoas que Ronald mais gostava na vida depois de sua família mortas, Ronald sentiu vontade de morrer também, só para não sentir o que estava sentindo. Foi tudo tão rápido, se Ronald estivesse segurado Allan...Se ele pudesse voltar no tempo...CRAFT ! Um barulho no armário, começou a se sentir feliz, uma ponta de esperança, abriu com tudo o armário e encontrou lá, uma caixa em que as únicas palavras escritas nela eram: “ O JOGO “.
Alex
Gabriel
Guilherme Pitta
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