quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ética e profissões - Comércio Exterior

Introdução: A profissão escolhida pelo grupo, é uma profissão em alta hoje em dia, devido ao grande crescimento das exportações e dos portos nacionais. Até um tempo atrás, era uma profissão não muito conhecida, então, quem a exercia, conseguia chegar num bom cargo, numa boa posição.Atualmente, o número de pessoas que estão iniciando a carreira nessa área aumentou e como o grupo tem interesse na área, resolveu ir atrás de profissionais bem sucedidos para entendermos melhor o que esses profissionais fazem e receber algumas dicas de como ter sucesso.

Expectativas: O grupo teve como expectativas entender melhor a profissão, ver se ela gera bons frutos e tentar decidir se é isso mesmo que querem.Dados do entrevistado: Carlos


Alberto Brites Guimarães, 44 anosProprietário da WCA, empresa de despacho aduaneiro

Entrevista:


1- Qual seria o perfil de um profissional do Comércio Exterior (pré-requisitos, habilidades, etc.)?

Devido à área de Comercio Exterior interagir com outros países e manusear uma série de documentos em outras línguas, o conhecimento de outros idiomas é fundamental, sendo que o idioma predominante é o inglês.Essa área demanda que a pessoa esteja sempre disposta a adquirir novos conhecimentos através de cursos complementares devido à dinâmica que envolve o comercio internacional, seja, bilateralmente ou através dos vários blocos econômicos. Mesmo internamente, os conhecimentos devem sempre ser atualizados, pois a legislação de nosso país sofre constantes alterações motivadas pelo comercio internacional. Manter-se informado é um dos fatores mais importantes nessa área, pois possibilita ao profissional tomar decisões que estejam alinhadas com as tendências de mercado, assim sendo ter a capacidade de formar uma rede de relacionamentos é um requisito de potencial sucesso.


2- Quais são as áreas de atuação?
A atuação do profissional de comércio exterior tem um largo leque de oportunidades, tanto em companhias nacionais como em multinacionais, que abrange empresas importadoras e exportadoras, órgãos governamentais, de agronegócios, de assessoria em comércio exterior e logística, câmbio e empresas de ensino especializado, isso para citar as mais importantes.


3- É uma área de aparente pouca procura atualmente, sendo assim, existem boas possibilidades de emprego?
Como mencionado acima, o leque de oportunidades atualmente é bastante grande, pois o Brasil vem há anos investindo no seu crescimento no comércio internacional e devido a isso, profissionais capazes e bem formados tem boas chances de colocação no mercado de trabalho. Vale o comentário que essa carreira é relativamente nova.


4- As empresas procuram profissionais da área?
Sim. Devido á interface com vários órgãos e legislações, cada vez mais, os profissionais de Comércio Exterior são requisitados pela sua capacidade de organizar e gerenciar toda a cadeia de logística e informação.

5- Quanto á faculdade, é necessário algum conhecimento especifico para acompanhar o curso? (matemática, idiomas, etc.)
O conhecimento do idioma inglês é muito importante nessa área, pois todos os termos de compra e vende de produtos, assim como os termos logísticos, são estabelecidos na língua inglesa. Os demais conhecimentos requeridos podem ser adquiridos durante o curso de Comercio Exterior que prepara os alunos nos vários aspectos dessa carreira.

6- Em quais regiões do país são mais necessários profissionais dessa área?

Com a expansão do comércio internacional brasileiro, dando oportunidade a novos empreendedores e a distribuição no território nacional de várias empresas exportadoras e importadoras que foram levadas ás regiões norte e nordeste por incentivos fiscais, praticamente existe a demanda de profissionais de Comércio Exterior em todo o território nacional, todavia, e mesmo com a descentralização econômica, as regiões Sul e Sudeste são as que têm a maior demanda. Podemos ainda ressaltar que com a entrada, no Brasil, de várias empresas multinacionais e até mesmo devido á internacionalização de empresas brasileiras, profissionais da aérea de Comércio Exterior encontram oportunidades de trabalho também em países estrangeiros.

7- Qual é o local de trabalho? (empresa, porto, etc.)

Os mais variados possíveis. Desde a Zona Franca de Manaus, passado pelas áreas mais industrializadas e do agronegócio, muito importante para a economia nacional.

8- Qual é o salário médio?

O salário pode variar de uma região para a outra. Como salário inicial, recém saído da universidade o salário médio é de aproximadamente R$ 1500,00 chegando a R$ 4 à 5000,00 para um profissional com mais experiência.

9- Após a faculdade, quais são as especializações que podem ser feitas para melhorar o currículo?

A especialização pode dependem de qual ramo do Comercio Exterior o profissional esta ligado. Para um profissional da área de logística, por exemplo, um curso sobre terminologia de transporte internacional pode ajudá-lo a manter-se sempre informado de novas práticas e termos técnicos que irão auxiliá-lo na negociação com seus clientes internos ou externos. Já para um profissional responsável por uma empresa importadora ou exportadora, dominar os termos internacionais de compra e venda de mercadorias ou serviços pode habilitá-lo a fazer negócios mais seguros e duradouros. É claro que quanto mais conhecimento tiver o profissional, mais requisitado ele será.

10- Além das especializações, o que um bom profissional dessa área tem que saber?

Participar de palestras e seminários também é uma forma de se manter atualizado e de criar uma importante rede de relacionamentos que o ajudarão a conhecer fatos e tendências que poderão ter reflexos no presente e no futuro.É muito importante também que o profissional tenha a sua disposição publicações, como jornais e boletins e revistas especializadas na sua área de atuação, para que esse receba informações sobre o mercado ou sobre a legislação pertinente á sua área de atuação.

11- Quanto à ética, o que se pode dizer sobre isso nessa área?

Muitas são as interfaces com que o profissional de Comércio Exterior interagi e a ética é uma das ferramentas mais importantes para o sucesso. Sabemos que em todos os ramos da atividade humana existem os bons e os maus profissionais, mas aquele que leva como norma a ética perante os seus clientes, parceiros e colaboradores terá sempre a maior chance de vencer, pois ele será uma referencia entre seus concorrentes.

Dados do entrevistado: Flávio Eduardo Rodrigues, 60 anosVice presidente da Rodrimar

Entrevista:1 – Qual seria o perfil de um profissional do Comércio Exterior? (pré-requisitos, habilidades, etc.)
Formação acadêmica em comércio exterior ou relações internacionais. Personalidade versátil, comunicativa, dinâmica além de um bom domínio de idiomas.

2 – Quais são as áreas de atuação?
Podem ser várias áreas de atuação como prestador de serviços, como tomador de serviços, além de atividade em toda a cadeia logística em que se insere o comercio exterior. Ou seja, empresas de navegação, empresas portuárias, empresas de transporte, agências de carga, despachantes aduaneiros e etc.

3 – É uma área de aparente pouca procura atualmente, sendo assim, existem boas possibilidades de emprego?
Acho que é uma atividade crescente no mercado. O comércio exterior brasileiro tenderá sempre ao crescimento. Quanto aos empregos haverá sempre necessidade de profissionais que queiram atuar em atividades voltadas ao comercio exterior.

4- As empresas procuram profissionais da área?
Sempre, toda a empresa tem a área de contabilidade, financeiro, recursos humanos, tecnologia e etc. porem também é necessário contratação de profissionais para as atividades fins da empresa se ela for, por exemplo, uma empresa exportadora ou importadora.

5 – Quanto á faculdade, é necessário algum conhecimento especifico para acompanhar o curso? (matemática, idiomas, etc.)
Idiomas com certeza. Geografia e historia também é indispensável e um curso de administração como complemento de uma formação acadêmica em comercio exterior ou relações internacionais.

6 – Em quais regiões do país são mais necessários profissionais dessa área?
Sem dúvidas a região sul e sudeste. Esse é os grandes pólos que necessitam dessa mão de obra qualificada.

7 – Qual é o local de trabalho? (empresa, porto, etc.)
Eu trabalho numa empresa de operações portuárias, terminais alfandegarios e assessoria aduaneira.

8 – Qual é o salário médio?
Você tem vários patamares. Existem estagiários que estão na casa dos R$1500,00. Depois tem uma faixa seguinte de supervisores que é uma faixa a partir de R$2000,00 . E o nível gerencial pode começar entre 5 e R$10 mil reais. Isso na condição de uma empresa que tenha um perfil de porte médio grande dentro do comércio como prestador de serviço a importadores e exportadores e armadores.

9 – Após a faculdade, quais são as especializações que podem ser feitas para melhorar o currículo?
Um curso de pós graduação em comércio exterior, de preferência em algum outro país. Acrescentar idiomas. Graduação em administração de empresas e ter uma personalidade que goste de desafios e viagens internacionais que não pode faltar.

10 – Além das especializações, o que um bom profissional dessa área tem que saber?
Ser um usuário de computação, formação acadêmica, idiomas, estar sempre atualizado com a política e economia internacional.

11 – Quanto à ética, o que se pode dizer sobre isso nessa área?
É uma área extremamente competitiva, com uma forte concorrência, mas sem duvida que o talento e honestidade e ética são requisitos básicos para a formação de um profissional nessa atividade.Análise:A realização do trabalho fez com que o grupo se animasse ainda mais com a profissão pois os entrevistados mostraram como pode ser interessante trabalhar com comércio exterior.


Conclusão:Como em qualquer outra profissão, quem pretende trabalhar na área de comércio exterior deve estudar muito e estar sempre atento a tudo que acontece pelo mundo. É uma área que só tende a evoluir e com dedicação e estudo, e com isso, atingir uma boa posição no mercado de trabalho.



Grupo:Raquel Reis - 3º Betty Friedan nº30Marcela Carvalho - 3º Betty Friedan nº23Raphael Dias Alves Salcedo - 3º Christian Barnard nº31



" Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higea e Panesca e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se seugue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me esncinou esa arte; fazer a vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus propios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes"

É com o juramento de Hipócrates que iniciamos nosso trabalho, ele, o pai da medicina.

ÉTICA E PROFISSÕES - MEDICINA

Art. 1º - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza.
(código de ética médica)


Até que ponto os médicos são éticos ? Há alguma situação em que estes podem 'fujir" das regras?


Essas e outras perguntas serão respondidas ao fim do trabalho. Segue agora duas entrevistas feitas pelo grupo:




ENTREVISTA 1




Entrevistada: Dra. Rosaura Pousa Rodrigues




PERGUNTAS:


Onde cursou medicina?
Fac. medicina Santos
Possui especializações?Quais?
Sim. Pneumologia, auditoria, saúde publica, anestesia, administração hospitalar.
Quais locais onde desenvolve atividade?
Prefeituara municipal de Santos e prefeitura municipal de Cubatão

Quando você decidiu cursar medicina?Como foi essa decisão?E no que você baseou?
Na adolescência, foi fácil tomar a decisão, no serviço altruísta ao próxima.

Como foi cursar a faculdade de medicina? do que você mais gostou?
Através do vestibular, do dia do resultado e matrícula na faculdade
Como é a relação entre médicos?
Devem ser as mãos éticas possíveis

Para você o que é ética? e o que é ética na medicina?
Normativas que você deverá seguir com bom senso.

O que seria anti-ético pra você?
Revelar segredos

Você presenciou alguma atitude ou ato anti-ético algum colega?
Sim

O que você pensa sobre os dilemas éticos da medicina como o aborto e a eutanásia?
Contrário aos 2 procedimentos.

O código de ética médica esta sendo revisto, você em alguma contribuição pessoal ?
Não






ENTREVISTA 2




Nome: Paulo Sérgio Juliani

1-Quando se formou? E em que curso?
Em 1986, medicina veterinária.

2-Onde trabalha?
Clinica veterinária São Francisco e Centro de controle de zoonoses.

3- Tem especialização?
Sim, doutorado em cirurgia cardiotoráxica.

4- Quando você decidiu que queria cursar medicina veterinária? Como foi a decisão? No que se baseou?
Na época do colegial, tomei a decisão baseada na experiência e carinho que tinha pelos animais. Além disso sempre me fascinou a "arte" da medicina, de poder promover ou restaurar a saúde de outro ser.

5- Como foi e do que gostou na faculdade de medicina veterinária?
O curso de graduação em Londrina (UEL), é generalista mas por se situar em uma cidade grande e ao mesmo tempo com "vocação" agropecuária, contemplou com qualidade a formação no trato com animais de produção (grandes animais), como animais de companhia (cães e gatos). Gostei muito pela afinidade que já tinha com essas áreas, da formação que recebi em clinica medica e cirurgia, especialmente em cardiologia e oftalmologia.

6-Como é a relação entre os médicos?
A relação entre os médicos veterinários ainda é longe de ser a ideal do ponto de vista ético, para isso são formados nos últimos anos no Brasil, associações e grupos que promovem uma interação mais soluta da classe.

7-Para você o que é ética? E o que é ética na medicina?
Todas nossas ações profissionais deveriam sempre ser portar na ética ou seja, será conduzido por regras ou protocolos de conduta que dignificam a vida e prezem pela relação respeitosa e proveitosa para toda a classe profissional, Na veterinária ainda temos muitas dificuldades de nos relacionarmos de forma ética, apesar de possuirmos um código de ética que pauta nossa conduta. Talvez devida a aspectos culturais e de formação humana ainda pensamos mais no "eu" que no "nós", o que atrapalha o crescimento da classe como um todo.

8- O que seria antiético para você?
São Antiéticos condutas que não levem, em consideração o respeito mínimo pelo trabalho de outro colega.Por exemplo, mesmo sabendo que um teve um procedimento ético correto você o critica junto ao paciente pelo simples fato de tentar conquistar mais um cliente.

9- Você já presenciou algum ato antiético de algum colega?
Sim. O exemplo acima é notado por mim com uma certa freqüência aqui na baixada santista.


10- O que você pensa sobre os dilemas éticos da medicina como aborto e eutanásia?
Sou a favor da vida sempre penso que a preservação da vida está intrinsecamente ligada a conduta ética por excelência.

11- O código de ética da medicina está sendo revisto você teria alguma contribuição pessoal?
Não, mas tenho porque penso que já esta sendo bem conduzida a mudança.






ENQUETE




os integrantes do grupo,elaboraram uma enquete em que ligaram para o consultório de 10 médicos de diversas especialidades e fizeram a seguinte pergunta:

Em uma situação em que um paciente estivesse em caso de vida ou morte e para salvar a vida deste você tivesse que desrespeitar uma das regras de ética médica, você seria anti-ético ?
A resposta foi surpreendente:

70 % SIM
30% NÃO

Conclui-se que os médicos são excelentes profissionais, porém melhores pessoas como seres humanos.




RELATÓRIO




Procedimento: no começo do trabalho nós dividimos as tarefas em igual para os integrantes. Duas pessoas ficaram encarregadas das entrevistas, duas para formular as perguntas, uma para passar para o computador e duas para postar no blog. Ao entrevistar a Dra. Rosaura Pousa Rodrigues em seu trabalho em uma seção da secretaria municipal de saúde, fomos recebidos muito bem e ela respondeu todas as perguntas com boa vontade e interesse. O segundo entrevistado, o Dr. Paulo Sérgio Juliani, pai do entrevistador, também foi entrevistado em seu local de serviço, onde ele obviamente respondeu todas as perguntas sem nenhum problema.

Dificuldades encontradas: não ocorreram dificuldades, porque as pessoas entrevistadas eram próximas aos integrantes que entrevistaram.

Expectativa: saber quando eles decidiram fazer medicina, como foi o curso superior e saber se a vida pessoal fica muito prejudicada.

Resultado: as respostas corresponderam com as expectativas do grupo e todas as perguntas foram respondidas sem dificuldades.

Críticas e sugestões: esse trabalho apesar de ter boa intenção de mostrar aos alunos o que cada profissão tem a oferecer, e fazer com que os alunos tenham noção sobre a carreira que pretendem exercer, esse trabalho foi dado para ser entregue em uma época completamente inapropriada devido ao concurso dos vestibulares. Certamente o foco maior é para os vestibulares, que é o maior objetivo dos alunos no momento. E a proposta do trabalho já não é mais valida nessa época, pois as inscrições dos vestibulares já foram feitas e não tem mais como alterar a carreira, caso a pessoa mude de opinião por causa do trabalho. Portanto, a idéia do trabalho é muito boa, mas deveria ser feito no primeiro semestre e não no segundo.






ALEX PEREIRA - Nº 02- CHRISTIAN BARNARD
ALINE VECCHIO - Nº 03 - CHICO BUARQUE
DANDARA FEITOSA- Nº 06- CHRISTIAN BARNARD
IGOR SANTANA- Nº 11- CHICO BUARQUE
RAFAEL BECARELLI- Nº 28- CHRISTIAN BARNARD
VINICIUS MUNHOZ - Nº 31- CHICO BUARQUE
NICOLAS MOREIRA JULIANI- Nº 26- CHICO BUARQUE
MAICON GONÇALVES- Nº 23- CHRISTIAN BARNARD


























Ética e Profissões – Adaílton – Jogador de Futebol




Nome: Adaílton José dos Santos Filho
Posição: Zagueiro
Nascimento: 14/04/1983
Nacionalidade: Brasileira
Local de nascimento:
Salvador (BA)
Altura: 1,90
Peso:
82
Chuteira: 42
Carreira: Vitória: 1999 - 2004; Rennes (FRA): 2004 - 2005; Central Espanhola (URU): 2006 Santos: 2006 -
Títulos: Campeão Mundial Sub-20 - 2003 - seleção brasileira; Campeão Baiano - 1999, 2000, 2002 e 2003 - Vitória; Campeão da Copa do Nordeste - 1999 e 2003 - Vitória


O zagueiro Adaílton é o puro retrato das transformações impostas pela Lei Pelé, outorgada em 1998. Campeão Mundial sub-20 com a seleção brasileira, o então atleta do Vitória fez boa campanha no torneio entre seleções e se transferiu ainda desconhecido no cenário nacional para o modesto Rennes, da França.

“Escondido” no futebol europeu, Adaílton não conseguiu subir para a seleção principal. Pior, atuando no Rennes, o atleta sofreu grave lesão no joelho na temporada de 2005, o que obrigou a se afastar por quase todo o ano. Foram apenas seis jogos disputados em 2005 pela agremiação francesa. Embora a Europa seja a cobiça de dez entre dez jovens atletas brasileiros, para Adaílton, o Velho Continente não estava em seus planos.

A idéia era voltar ao Brasil para “reaparecer”. Desta forma, o jogador retornou ao futebol brasileiro para defender o Santos, deixando claro que pretende “fazer nome” no país, aos 23 anos, e retornar ao selecionado nacional, desta vez pelo time principal. Antes de chegar à Vila, o zagueiro acertou vínculo com o Central Espanhola, do Uruguai, time fachada do empresário Juan Figer, que utiliza o clube para promover transações de seus agenciados.






Perguntas





1) Como foi o seu ínicio de carreira no Vitória ; sua transição do time de base para o elenco profissional, e se nessa transição houve alguma interferência considerada anti-ética, como o contrato de gaveta, modificação da idade, etc: artifícios comumente utilizados no futebol.
R: Comecei com onze anos no Vitória. Naquele tempo ainda estava muito distante de pensar em ser profissional, em seguir uma carreira no futebol. Foi muito mais para fazer um esporte, já que eu gostava de futebol como todas as crianças da minha idade. Já com catorze ou quinze anos vi que existia essa possibilidade. Aí comecei a encarar como algo que eu gostaria de seguir lá na frente como profissional, mas nunca precisei forçar nada – foi tudo naturalmente, até porque sempre priorizei o lado dos estudos para que eu tivesse lá na frente uma opção, caso não escolhesse o futebol. Foi algo bem natural. Me profissionalizei com 16 para 17 anos e não houve contrato de gaveta. Assinei um contrato de 5 anos e com 19 para 20 anos fui jogar na França. Acabei retornando em 2006 para o Santos F.C., onde estou até hoje. Espero continuar lá durante um bom tempo.

2) Como o foco de nosso trabalho é a ética, nós queríamos saber a respeito da “Lei Pelé” que consiste na aquisição total do jogador em seu próprio passe, não sendo mais uma propriedade do clube, como antigamente. Com isso, os empresário ganharam certa força em posições que se dizem a respeito ao contrato, salário, transação, direito de imagem do jogador. Gostaríamos de saber como é e qual deveria ser a intensidade dessa interferência na relação jogador-clube-empresário.
R:
É uma relação muito complicada. O empresário está sempre puxando para o seu lado, o jogador está sempre sendo sugado por um lado e tendo que sugar para o outro, e o clube está sempre naquela situação que alterna entre vítima e vilão. Por quê? Porque o empresário se aproxima do jogador como um capitalista (dificilmente você vai encontrar um empresário que olhe para jogador de uma forma humanitária), e o jogador, hoje em dia, com a “Lei Pelé”, da qual você mencionou, é muito mais um profissional do que um amante porque, de certa forma, quando o jogador está em apuros, o clube não olha para ele de uma forma humana e sim econômica. Então, a relação dessas três vertentes é bastante complicada. Apartir do momento em que não existe a ética, não existe o respeito, tanto do clube com o jogador e tanto do jogador com o clube, e do empresário com os dois. É uma relação estasiada, de aproveitamento, de sangue-suga, mesmo. E, hoje em dia, por que se fala que não há mais amor ao clube? Porque, através da “Lei Pelé”, através de tudo que se passa na mídia, o jogador não se interessa mais em ter um currículo correto. Por exemplo, passei três anos aqui e deixe uma marca, passei três anos ali e deixei outra marca. Não. Se, hoje, em um ano, o jogador receber três propostas diferentes é melhor para todo mundo – para o jogador, para seu empresário e para seu clube. Perdeu completamente aquela essência.

3) Gostaríamos de saber se o contrato é, realmente, uma obrigação do jogador. E se sua rescisão pode ser considerada uma atitude anti-ética.
R
: É logico que o contrato é um dever que o empregado deve cumprir. No entanto, a partir do momento em que, por exemplo, uma multa estipulada no contrato é paga por um outro clube, que pretende o jogador, não deixa de estar cumprindo este contrato. Mas, o que eu falo? Eu digo que, muitas vezes, o jogador precisa ter discernimento para saber o que, realmente, ele quer: uma carreira voltada para o dinheiro ou voltada para um trabalho bonito. O que eu chamo de um trabalho bonito? É um trabalho em que o jogador deixa a sua marca onde ele está no momento. Eu busco fazer as duas coisas. Porque, no final da carreira, não adianta o jogador ter um currículo bonito e deixar sua família passando necessidades. Eu, particularmente, procuro deixar uma marca por onde eu passo, juntamente com a questão de garantir um futuro legal para a minha família. Eu acho que isso é natural do pensamento de qualquer profissional e eu não saio da ética por pensar assim. Apenas busco um reconhecimento através daquilo que eu procuro deixar por cada lugar que eu passo.

4) Para que esse sucesso seja concretizado é necessário resultados oriundos de um trabalho. E este é realizado, na maior parte do tempo, no campo de futebol contra um adversário. Para derrotá-los comumente são usados artifícios que transcendem do cunho esportivo e atingem patamares desmoralizantes. O que você acha desses artifícios quando são relacionados com a ética profissional.
R:
Há vários. Mas isso depende muito do ser humano. Se o ser humano acha que deve fazer de tudo para conquistar alguma coisa, ele vai da cotovelada, vai xingar, vai provocar de todas as formas. No entanto, eu acredito que essas coisas são muito mais artifícios de uma pessoa que não tenha capacidade do que uma coisa legal. Por exemplo, por que você tem que xingar os familiares de um jogadores para desestabilizá-lo? Porque você não tem a capacidade de vencê-lo dentro de campo estando em harmonia? Então, eu acho que esses artifícios são muito mais de um atleta despreparado do que de um cara inteligente. Porque, se ele fosse inteligente, ao invés de desestabilizar o outro, ele tentaria se harmonizar, se estabilizar e se preparar de uma forma conveniente para vencer sem utilizar desses artifícios.

5) Muito se comentou sobre sua saída do Santos F.C. logo após sua contusão. Na época, foi colocado pela mídia que o Santos teria se recusado a pagar seu salário enquanto você se recuperava da lesão, e por causa disso você teria deixado o clube. Você acabou retornando ao Santos depois de um tempo e declarou que havia sido mal interpretado pela imprensa. Gostaríamos de saber o que aconteceu e que você comentasse sobre essa conturbada relação com os jornalistas.
R:
Eu entendo muito bem o lado da imprensa para vender o jornal. No entanto, eu não concordo absolutamente com a forma que eles manipulam a entrevista. Se eu estou falando aqui há 1 minuto, eles vão pegar uma parte dentro de um contexto de uma resposta totalmente tranquila e normal e vão colocar na primeira página. Então, eu falei algumas coisas que foram muito mal interpretadas, muito mal transcritas. Não falei em momento algum que o Santos me desrespeitou ou fez alguma sacanagem comigo. Eu falei que através de algumas atitudes de pessoas ali dentro (porque o Santos é muito grande para se resumir em apenas uma pessoa) eu me senti como um peso dentro do clube pelo fato de estar machucado. Na entrevista em que eu falei que estava saindo eu disse: “Estou saindo. Vou ficar cem por cento fisicamente e clinicamente para que eu possa, quem sabe, voltar lá na frente. E hoje, através do que eu fiz, eu estou provando que o que eu falei era verdade, não entrei em contradição. Aí eles pegam e colocam na primeira página: “Adaílton deixa o clube chateado com a diretoria santista, que queria parar de paga-lo.” Mas eu já to acostumado.

6) Você teve uma passagem pelo futebol francês. Queríamos que você comentasse a respeito dos vários casos de preconceito e saber se você já sofreu com isso e como lidou.
R:
Assim, eu tenho amigos, amigos que moram lá. No entanto, a cultura francesa (não falando da Europa em geral) é bem descrente da espiritualidade. A partir do momento em que você não tem uma referência, não se baseia em nada, não sabe o porquê em acordar hoje...Tem que fazer o bem. Não é só comer, dormir e jogar bola. Sem isso, você se perde um pouco. É isso que eu acho que acontece com a cultura francesa. Eles não tem uma crença, não acreditam em Deus, não acreditam em uma pedra... E a questão do preconceito, principalmente em relação ao racismo, existe e é muito forte. Eu mesmo já sofri com isso lá por ser estrangeiro e brasileiro (eles acham que brasileiro só quer saber de samba, mulher e praia). Isso também é um preconceito porque eles mostram que não conhecem a nossa cultura. Eu já sofri por ser negro, por ser jogador [olha a mensagem!!] e já sofri dentro de uma partida de futebol. Aquelas coisas naturais: gritavam “macaco” quando eu pegava na bola, o que me chateou. No entanto, ao mesmo tempo, eu utilizei isso para despertar os torcedores do meu time que o preconceito racial é um absurdo no século XXI. No jogo seguinte, eles fizeram até várias faixas de apoio e tal. Mas isso é muito pequeno para mudar uma cultura tão descrente.

7) O futebol poderia ser muito bem um canal para esse tipo de questão. Por que atualmente não é?
R:
Porque há muitos que não conseguem nem escrever o próprio nome, quanto mais ter discernimento para saber o que é certo e o que é errado. E o clube não está nem aí para isso. Pois, quanto mais ignorante, melhor. Por quê? Porque os contratos serão feitos de uma maneira mais proveitosa para o clube. E o jogador, também perdido no meio do dinheiro, da vaidade, de facilidades...vai querer mudar para quê?

8) Muito se comenta sobre o nível de organização do Brasil em relação a Europa. Sabe-se que os clubes estão endividados, atrasando salário de jogadores e tudo mais, enquanto na Europa é tudo estruturado. Quanto é essa acentuação quanto ao nível de organização?
R:
Bom, com relação ao Santos F.C., eu não tenho a me queixar de nada, nem um dia. Mas claro que no Brasil é complicado. E lá fora é assim: se eles falam “A”, é “A”, não adianta. Se o dia do pagamento cair em um sábado, eles vão te pagar na sexta ou na quinta. Lá eles são muito metódicos. No Japão, eles põem tudo no contrato, até premiação. Na França é uma coisa absurda de organizado. A estrutura do futebol brasileiro não dá para pensar em se comparar a de lá.

9) Então, muitas vezes se fala que esse nível de estrutura se dá através da forma empresarial que o clube se coloca. No Brasil, os times se posicionam como clube mesmo. Todavia, essa colocação, muitas vezes, sofre deturpação. Pois, os dirigentes acabam colocando a mão onde, teoricamente, não deveriam. Você acha que a transição para clube-empresa seria uma tendência pois poderia resolver esse problema do futebol brasileiro?
R:
Está começando a existir isso. Se você olhar há uns 5 anos atrás, era muito mais amador. Eu vejo o futebol brasileiro crescendo muito nesse sentido. Claro que, quando há pessoas que podem ser corrompidas, esse processo é muito mais lento. Mas, hoje, você já vê times com essa mentalidade e praticando isso aí. E a tendência é essa: ou vão fazer isso ou vão quebrar. Querendo ou não, terão de passar por essa transição.

10) O que você sabe a respeito da questão “mala preta” (pagamento extra-salarial para um time ou jogador adotar determinada característica de acordo com um interesse) e sua posição em relação a isso.
R:
Eu nunca presenciei e é difícil falar disso se você nunca viu. Mas boatos existem. Mas é muito mais para um time vencer, do que para perder. Para perder, eu acho totalmente equivocado. Para ganhar, eu acho errado mas, de certa forma, não tão errado assim. Já perder é um absurdo...falando em ética.

11) Muito se comentou a respeito do caso da influência do marketing no futebol quando descobriram sobre uma possível exigência da Nike em relação a convocação do Ronaldo para a seleção brasileira. Gostaríamos que você comentasse sobre o nível de interferência da propaganda no esporte.
R
: Isso aí eu não sei como funciona. É claro que há corrupção nos bastidores. Isso existe até pelo fato de que as pessoas acham que o dinheiro pode comprar tudo: uma vaga na seleção, uma certa permanência na mídia, o que, muitas vezes, ocorre. Porque há aqueles que querem corromper e aqueles que querem ser corrompidos. A corrupção ainda está na essência do ser humano. Eu não gostaria, por exemplo, de receber um dinheiro para deixar uma pessoa passar adiante. Muitas vezes, as pessoas se corrompem por pouca coisa, e só pelo fato de se corromperem, já estão equivocadas. Ver, eu já vi, mas também existe muito mito. Quanto pior a notícia, melhor para eles. É aí que eles vendem mesmo.

12) Para finalizar, gostaríamos de saber a relação do jogador com o árbitro dentro de campo.
R:
É uma relação complicadíssima. Que o jogador é um subalterno e o juiz é autoridade máxima atrás de uma farda. Eu, por exemplo, procuro respeitar bastante. Mas a recíproca não é verdadeira. Teve um jogo recentemente, em que eu tentei estabelecer um diálogo com ele. Eu falei “Poxa, professor. Ele se colocou a minha frente e eu fui antecipar a bola e cometi a falta?.” Mas a forma em que ele me respondeu foi absurda. Aí eu disse: “Ta bom, desculpa. O senhor é autoridade e eu tenho que te respeitar.” Me coloquei lá em baixo mesmo para ele sentir o quanto ele não precisava ter falado daquela forma. E surtiu efeito, tanto é que ele me pediu desculpas. Ele foi humilde, mas muitos não são. Essa é uma relação muito complicada. E tem uma pessoa que falou uma coisa certa, acho que foi o Fabiano Eller: “o juiz tem uma súmula, mas cada time também deveria ter a sua para relatar o que acontece dentro da partida”. É por isso que eu falo: “quer conhecer o homem, então dê a ele poder”. Falta de ética.

Relatório





Escolhemos falar sobre a profissão de jogador de futebol, apenas por ser um assunto de grande interesse entre os membros do grupo, e não por ser uma profissão da qual todos nós pretendemos seguir, propriamente falando. Maior parte do grupo estaria interessado na possibilidade de fazer jornalismo esportivo, porém o foco de nossa curiosidade não está nas atividades próprias deste profissional, e sim sobre o assunto em que ele, geralmente, desenvolve seu trabalho. Tendo isso em vista, escolhemos procurar esclarecer nossas dúvidas sobre o ofício de jogador de futebol. E apesar de ter sido apenas uma entrevista, conseguimos o que pretendíamos.
A dificuldade para realizar as entrevistas foi grande, uma vez que a agenda dos jogadores não estava sendo muito favorável e alguns não queriam se expor por diversos motivos dos quais não tivemos informação. Conseguimos marcar uma entrevista com três jogadores. Porém, só o zagueiro santista Adailton pôde nos receber.
A entrevista foi bastante satisfatória, pois suas respostas foram bastante coesas e claras, atendendo completamente a modalidade exposta: ética na profissão.
De acordo com as informações retiradas do entrevistado sobre ética no futebol, pudemos concluir que ela é bastante estereotipada. Uma vez que a idéia comum é de que todos os profissionais da área não ligam para tal assunto, visando apenas o sucesso profissional e financeiro. Após as respostas de Adaílton, vimos que ainda há um certo respeito do profissional em relação ao seu ambiente de trabalho: ele procura cumprir seu contrato com o clube, procura estabelecer uma identidade positiva com o seu público alvo: os fãs; e tenta estabelecer um discernimento entre um currículo bem trabalhado e um currículo vitorioso.
Concluímos que a “Lei Pelé” não é muito humanitária com o jogador, pois ela o deixa extremamente dependente de um empresário e do clube a qual possui seus direitos federativos, que não procuram estabelecer um acordo que beneficie todas as partes por completo, em sim o mais proveitoso para determinado interesse. Majoritariamente, são esses dois elementos que não estabelecem a ética profissional ideal, fazendo o jogador não ter muitas alternativas e, muitas vezes, tendo que escolher um caminho que também não seja o ideal eticamente.
Dentro de campo, pudemos concluir que a ética também não é bastante visada. Pois tanto os indivíduos envolvidos na partida (arbitragem, jornalistas, comissão técnica), como, principalmente, os jogadores, utilizam de diversos artifícios que podem ser considerados anti-éticos para poder obter sucesso em seus respectivos trabalhos. Segundo Adaílton, essas pessoas são vítimas de um despreparo muito grande presente no futebol atual, e não por que são totalmente incompetentes.
Pudemos esclarecer também, assuntos que eram de nossa curiosidade, como o real motivo de sua saída do Santos F.C. no meio do ano de 2008, já que a colocação desse fato pela imprensa houve incoerências; a relação entre jogador e a arbitragem, que estabelece uma submissão eticamente errada do jogador em relação ao árbitro, que, muitas vezes, abusa de seu direito dentro de campo; sua passagem pelo futebol francês que pôde ratificar o desnível entre a organização do futebol brasileiro e do futebol europeu; e o racismo ainda presente no Velho Continente relacionado à descrença de sua população.
Por fim, gostaríamos de dizer que a experiência obtida desse trabalho foi excelente. Será algo que nunca esqueceremos. Não temos nenhuma crítica a declarar, pois o tempo e o material estabelecidos foram bastante satisfatórios. A única sugestão seria a abertura de um espaço maior por parte do colégio para propostas como essa, pois proporciona informações únicas aos alunos que, muitas vezes, não podem ser realizadas pelos métodos convencionais de aprendizagem.

Gabriel n° 11
Pedro n° 26
Rafael Gimenes n° 30
Vitor Saad n° 33

3º Christian Barnard
























Temos também o vídeo da entrevista, mas tivemos problemas com a postagem.
Tentaremos viabilizá-lo assim que possível.


Ética e Profissões Direito / Relações Internacionais



Direito

Entrevistada : Renata Oliveira Costa, estudante de Direito pela UNESP - Franca





1-Nome completo

Renata Oliveira Costa

2-Ocupação atual

Estudante

3-Formação profissional

Graduação no curso de Direito da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

4-Como tem sido sua experiência numa faculdade pública?Você acha que uma particular seria melhor ou pior?

O curso em uma faculdade pública tem atendido tanto as minhas expectativas boas quanto as ruins. O conteúdo da matéria cobrada e dos textos passados são de um nível intelectual maior do que a média dos outros cursos, os debates em classe costumam render idéias muito interessantes propostas pelos próprios alunos e a faculdade como um todo é mais engajada social e politicamente do que o que costumamos observar nos cursos de Direito de maneira geral. Mas os problemas comuns de universidades públicas, amplamente divulgados por alunos e mesmo pela mídia, efetivamente se fazem presentes no cotidiano de seus alunos e funcionários. Falta de professores efetivamente concursados, ausência de comprometimento por parte de alguns, falta de verba para investimentos no Restaurante Universitário, para melhorias no espaço físico, para aumento do acervo da biblioteca são dificuldades que infelizmente se tornam rotineiras no dia-a-dia de uma faculdade pública. A questão de ser melhor ou pior é extremamente subjetiva, depende muito do perfil do aluno e de seu projeto de vida e de carreira. Para quem quer ser advogado, por exemplo, o mais aconselhável seria fazer uma faculdade particular em uma grande cidade, que prepara os alunos para o mercado desde muito cedo, em detrimento de um embasamento teórico mais reforçado. No meu caso, que pretendo partir para a área de concursos, ou para quem sonha com a carreira acadêmica, a grade curricular mais teórica de uma faculdade pública é mais pertinente para a preparação desses futuros profissionais, além do fato de que sair da casa dos pais e ir morar em outra cidade enriquece muito a experiência de vida do jovem e oferece a possibilidade da aquisição da independência e desenvolvimento de responsabilidades.

5-Por que você escolheu estudar esse assunto?

O Direito sempre me despertou o interesse desde que eu era criança. Gosto de lidar com as pessoas e sempre pensei em escolher uma carreira com a qual eu pudesse me sentir útil para a sociedade na qual eu vivo. Optei pelo Direito por unir essa possibilidade de colaborar positivamente para efetuar mudanças com o fato de ser um curso interessantíssimo, pois com ele há a oportunidade de estudar o sistema jurídico a qual todos nós estamos submetidos, os motivos de ele existir, os diferentes aspectos dos diversos “Direitos” dos outros países ou das sociedades antigas e todos esses assuntos me despertam o interesse e gosto de estudá-los.

6-Como você acha que deve ser o perfil de quem quer estudar o mesmo?

Quem pretende cursar Direito deve ter gosto por muita leitura e ter disponibilidade para estudar bastante. No mais, a carreira abrange diversos tipos de atuação, logo nenhum perfil está descartado. Nas classes do curso encontramos desde os mais falantes e entusiastas, geralmente voltados para a advocacia, como também encontramos os mais reclusos em matéria de debates em aula mas que se desenvolvem melhor na área da análise e dos pareceres escritos. O “requisito” é mesmo o hábito de ler e estudar, pois sem eles é inviável fazer um bom curso e talvez pela maioria ignorar essa condição encontra-se atualmente tantos bacharéis com formação precária na área do Direito.

7-O campo de atuação/mercado de trabalho está favorável? É abrangente?
Muito provavelmente o Direito é uma das áreas mais abrangentes em matéria de carreira a ser seguida. Existe desde a área da advocacia particular, pública, de consultoria para empresas até todas as possibilidades de carreiras públicas como juiz, delegado, promotor e também a atuação na área acadêmica. O mercado de trabalho na área específica da advocacia particular nas grandes cidades está já um pouco saturado, mas de maneira geral as outras possibilidades oferecem grandes oportunidades para se construir uma boa carreira.

8-As profissões que podem ser desenvolvidas a partir dessa formação profissional têm que valor para a sociedade?
Valor imprescindível para qualquer sociedade. Ubi societas, ubi jus: onde há sociedade, há direito. Onde houver seres humanos, imperfeitos, passionais, precisará haver operadores do Direito para garantir direitos, proteger bens jurídicos, organizar a sociedade, estabelecer a ordem, buscar a justiça. O Direito não representa apenas um valor para a sociedade, ele possibilita a sua existência e manutenção pois sem o mesmo a humanidade viveria mergulhada na barbárie.

9-Quão importante você julga que é a ética,particularmente, nessas profissões?

A ética é o que podemos considerar condicio sine qua non ( traduzindo literalmente “condição sem a qual não”, condição indispensável) para exercício de qualquer função ligada ao Direito. É um valor profundamente entrelaçado com a justiça e com a moral, que devem ser os norteadores da atuação de operadores do Direito em quem foram confiadas responsabilidades tão grandes, a quem foi entregue o poder de influenciar diretamente a vida das pessoas. A ética é indispensável.

10-É comum a falta de ética nesses campos? Se sim, quão prejudicial é essa falha para a sociedade?

Não chegaria a dizer que é comum no sentido de ser constante, mas diria que é comum no sentido de que eventualmente acontece e que, nesses casos, o fato é amplamente notificado criando pré-conceitos e generalizações por parte da população. O número de casos conhecidos de corrupção no sistema jurídico é grande mas comparado ao número total de casos resolvidos, percebe-se que seria leviano julgar um sistema jurídico inteiro por um número proporcionalmente pequeno nos quais, infelizmente, houve falta de ética por parte de operadores do Direito. Quando ocorre, essa irregularidade causa efeitos terríveis, pois há a corrupção do valor maior, do objetivo de qualquer provocação do sistema jurídico, que é a busca pela justiça, tornando ineficaz e lesionadora qualquer decisão e qualquer desdobramento baseado no procedimento corrompido.

11-O que você espera de si mesma (bem como de seus colegas de turma e nós deste trabalho,futuros formandos em direito)quando chegar a hora de exercer uma profissão nessa área?

Espero que todos nós possamos ser bons profissionais, aptos na parte técnica e preparados no que diz respeito a caráter e a consciência a respeito de nossos papéis na sociedade em que vivemos, para podermos não só nos realizarmos profissionalmente, nos estabilizarmos economicamente mas também para exercer a função social que qualquer operador do Direito, em especial os formados em faculdades públicas, sustentadas com impostos, tem perante a população.



______________________________________________________




Relações Internacionais
Entrevistado : Fabiano L. de Menezes

Profª Teca,
Devido a um imprevisto profissional, o Profº Fabiano não pôde responder as nossas questões.
Aqui estão os e-mails que o grupo trocou com ele.









RELATÓRIO DAS ATIVIDADES

Avaliação das entrevistas

Ao reunirmo-nos, nossa preocupação em formular a entrevista era voltada para perguntas que reunissem o máximo possível de informações sobre as profissões que nos interessam. Após a criação de dez perguntas objetivas, achamos que nossos interesses,bem como a proposta do trabalho, tinham sido satisfatoriamente abordados. No entanto, após a escolha dos entrevistados, acrescentamos mais uma questão em uma entrevista e modificamos duas em outra (para obter um “extra” de conhecimento de nossos entrevistados). Infelizmente, um de nossos entrevistados teve um imprevisto e não pôde nos ajudar. Contudo, fomos surpreendidos pelo resultado da entrevista que realizamos que ficou aquém de nossas expectativas: enquanto respondia a nossos questionamentos, nossa entrevistada manteve em mente quem somos (ambos os entrevistados nos conhecem) e deu respostas “personalizadas”. E, embora nós devamos admitir que estávamos mais preocupados em conhecer melhor a profissão que escolhemos, nossa entrevistada respondeu às questões sobre ética tão completamente quanto às outras, atingindo o objetivo proposto no trabalho.

Dificuldades encontradas em cada uma das etapas do trabalho.

O trabalho foi composto por diversas dificuldades. Entre elas pode-se citar a divergências entre os horários disponíveis para a produção do trabalho devido à compromissividade dos membros. Além disso, tivemos problemas para entrar em contato com os entrevistados, pois, por exemplo, Relações Internacionais possui um pequeno número de profissionais, atuando ou que já atuaram na área, o que resumiu mais as possibilidades de entrevistas. Recorremos entrar em contato através de e-mails, porém nem todos foram respondidos, atrasando mais e mais o desenvolvimento do trabalho. Mas, apesar de tantos problemas surgirem o trabalho foi completado atendendo nossas expectativas, isto é, com sucesso.

Avaliação final: da proposta de trabalho, da atuação do grupo, do resultado alcançado pelo grupo.

A proposta de trabalho nos facilitou ter certeza da nossa futura profissão, aprendemos nas entrevistas como é dia a dia de um profissional da área, o campo de atuação e o quão importante é a ética nessa profissão. Com os resultados obtidos foi possível comprovar as dificuldades, que toda profissão possui, pelo fato de o mercado está supersaturado, por outro lado comprovamos o lado bom da profissão também. Os bons resultados nos motivaram a lutar em busca de nosso maior objetivo: conseguirmos ser bons profissionais no futuro. No grupo, as ações foram divididas, mas o fato de o grupo ter um número grande de integrantes dificultou um pouco para as reuniões.

Críticas e sugestões

A proposta do trabalho é de grande importância para a escolha da carreira a se cursar, porém foi percebido pelo grupo que seria mais adequado se o trabalho fosse passado no 1º semestre ou até o 3º bimestre, já que as inscrições para os grandes vestibulares iniciam-se geralmente a partir de setembro, pois após a conclusão do trabalho o aluno, satisfeito o não com a vida profissional da carreira selecionada, tem a chance de mudar ou manter sua escolha na inscrição do vestibular. Acreditamos ser somente essa nossa sugestão.

Domitila Victor Furtado - 3º Chico Buarque - nº 08
Lucas de Lorena Silva Cunha - 3º Chico Buarque - nº 19
Ana Carolina Camargo Rodrigues - 3º Christian Barnard - nº 03
Felix Edward Mendes Foakes - 3º Christian Barnard - nº 34
Rafael de Castro Perez - 3º Christian Barnard - nº 27
Victor Waller Domingues Sadalla - 3º Christian Barnard - nº 36

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ética e Profissões - Melba Nadais Aidar - Arquitetura e Urbanismo


A área escolhida pelo nosso grupo foi a Arquitetura e Urbanismo. Para a realização do trabalho entrevistamos a arquiteta Melba Nadais Aidar, formada pela FAUS – Unisantos que proporcionou uma agradável conversa.

1) Por que você escolheu a faculdade de arquitetura?
Olha, na verdade eu acho que nasci gostando. Hoje, eu vejo a dificuldade dos jovens nesse período de escolha da profissão. Quando eu tinha 10 anos, eu ganhei em primeiro lugar em um concurso de desenho do dia da árvore entre as escolas. Então eu acho que desde criança eu já gostava de desenhos, me interessava, copiava desenhos de gibi. Sempre fui muito ligada ao desenho, minha mãe queria que eu fizesse ballet, mas eu preferi fazer um curso de desenho. Então, por ser a arquitetura um curso muito ligado à área de desenho, eu nunca tive muita dúvida com relação à minha profissão.

2) Quais são as áreas da arquitetura, e em qual você atua?
Você pode atuar com patrimônio histórico, uma área que nunca me interessou muito, mas acho incrível. É super importante ter arquitetos voltados para essa área, como podemos ver no centro de santos, depois de restaurados os edifícios ficam super lindos.
Parte de planejamento urbano, em outra linguagem, cuida da cidade. Acho interessante trabalhar com avenidas, ruas, trabalhar, provavelmente, dentro de uma prefeitura e planejar a cidade. Em alguns lugares você projeta até como a sua cidade vai crescer, para não ter um crescimento desordenado da cidade. Na faculdade, havia o curso de Arquitetura e Urbanismo, hoje em dia nem todas as faculdades são assim. No meu caso, eu escolhi as áreas de edificações e de planejamento urbano, mais especificamente, a área de interiores.
Um dos primeiros trabalhos que eu fiz pra faculdade, eu e o meu grupo passamos noites em claro fazendo o trabalho e quando entregamos para o professor, ele só fez um comentário: “Isso aqui está parecendo uma bandeja cheia de empadinhas”. Na hora, eu tive vontade de chorar, fiquei super triste. Mas hoje, eu entendo que o projeto tem que ter harmonia, em primeiro lugar, os elementos têm que conversar uns com os outros, entendeu? A tal bandeja que ele falou, foi porque a gente colocou uma coisa aqui, outra ali, as coisas não conversavam, não combinavam. Então um projeto, em qualquer área da arquitetura, tem que ser integrado, harmônico. Depois a gente vai se lapidando, conforme passa o curso, e agora eu entendo, mas no começo foi um choque... Eu ficava pensando: “meu deus, o que quer dizer uma bandeja cheia de empadinhas?”

3) O que você acha do campo de arquitetura na baixada Santista?
A área que eu atuo, é uma área muito trabalhosa. Normalmente o projeto é comercial, porque em Santos, há o hábito de se transformar casas residenciais em comerciais, o que exige toda uma mudança na arquitetura da casa. Eu gosto bastante, estou até fazendo um projeto relacionado a isso. É muito gostoso, você pode exteriorizar mais, usar mais coisas que você aprendeu na faculdade. Aqui em Santos acabamos tendo que ir mais pra essa área de interiores, porque não tem muita opção de construção. Santos está complicado na arquitetura em si, porque as construtoras vêm de São Paulo já com projetos prontos, arquitetos, decoradores, com o bolo pronto!
Essa área está difícil hoje em Santos, porque se fundiu arquiteto e decorador em uma coisa só e todas as lojas de móveis e até mesmo marmorarias já têm arquitetos próprios, acabando com a necessidade de você contratar um arquiteto para acompanhar na decoração. Mas, se o cliente quiser um projeto mais bem planejado, personalizado, ele contrata um arquiteto. Têm arquiteto demais no mercado, assim como em qualquer outra profissão. Mas o que importa mesmo é você gostar e se sentir bem naquilo que você faz e correr atrás do seu sonho, sabe?

4) E quanto à remuneração da profissão?
Olha, depende. Como qualquer profissão, de profissional liberal, em qualquer área, tem épocas que você tem bastante trabalho e tem épocas que você tem menos. Lógico que quem tem mais tempo de estrada acaba tendo mais clientes por ser mais experiente e acaba sendo mais bem remunerado. Você tem que fazer o seu caminho, subir degrau por degrau. Não pode ficar perdendo tempo, tem que começar um estágio logo que começa a faculdade, sem preguiça!

5) Qual a sua opinião com relação à ética numa profissão?
A ética é essencial! Hoje em dia, é até complicado falar sobre a ética em qualquer circunstância, é só falar da política.
Você tem que ter postura, trabalhar direitinho, ter respeito pelo profissional, por seus colegas. Hoje em dia é uma briga de cachorro grande aí fora, então eu acho que a gente tem que abrir o nosso espaço eticamente para poder andar depois com a cabeça erguida, para as pessoas te olharem com um olhar de admiração na rua e não com um olhar de crítica por algo que você tenha feito, até com seus colegas. Eu acho que temos que fazer tudo para ser admirado como bom profissional.
Você lesar alguém, sendo muito ou pouca gente, é uma coisa que depois vai pesar para você mesmo, sabe? Acho que você tem que manter uma postura firme e não prejudicar o outro pelo seu sucesso. Às vezes, você até fica meio na dúvida, porque parece que você vai se dar melhor indo por outro caminho, mas a satisfação no final não é a mesma.


Relatório

Essa entrevista foi muito útil para esclarecer duvidas, e nos mostrar as diversas áreas que o curso de Arquitetura e Urbanismo têm. Incentivou-nos a exercer a profissão, e nos mostrou como ter a dignidade que um bom profissional deve ter. Nos mostrou também a disponibilidade do mercado, bem como seus benefícios e perigos.
Obs.: A Fernanda, integrante do grupo, não aparece na foto, pois é ela quem esta tirando


Alessandra nº01
Fernada 09
Joele 18
Juliana 20

Ética e Profissões

Engenharia

Entrevista 1


Izidoro Correa da Silva Vignola
Formado pelo Centro Universitário da FEI , em Engenharia Mecânica



1. O que você considera antiético na sua profissão?

De maneira geral a ética orienta nossas decisões quanto ao que deve ou não deve fazer. Se pensarmos na profissão do engenheiro e devido abrangência da atuação do mesmo no mercado de trabalho diria que encontraríamos centenas de situações para exemplificar. Tentando dar alguns exemplos:
• Situações de conflito de interesses, por exemplo, você trabalha para uma empresa e toma alguma decisão que lhe convem por alguma razão a favor de uma outra ( um fornecedor por exemplo de um amigo seu....)
• Responsabilidade pela segurança e saúde do publico ou até dos próprios operários da sua empresa. Aqui você pode tomar uma decisão para economizar um monte de dinheiro não se preocupando com os aspectos citados ao nível que se deveria...
• Segredos Industriais e Propriedade Intelectual: Aqui a coisa é feia... Estou falando de passar segredos para um terceiro, sair da empresa, ir trabalhar num concorrente e passar o know-how da empresa anterior, espionagem industrial (copiar do outro de forma ilícita) e aí a fora.
• Presentes de fornecedores: Receber presentes de fornecedores que tem interesse nas suas decisões.
Acho que o mais importante é estar atento na primeira frase: O QUE DEVE E O QUE NÃO DEVE FAZER estará determinando ser ou não ser ético.

2. O que esperava fazer quando decidiu cursar engenharia?

Esperava trabalhar em uma fabrica, com maquinas, enfim naquilo que chamamos chão de fabrica etc, etc...
Foi assim nos primeiros anos de profissão, mas depois vem as funções gerenciais, mais administrativas e me afastei bastante daquilo que imaginei inicialmente.

3. O que o mercado exige do engenheiro?

Em primeiro lugar que ele seja engenheiro, isto é, bom conteúdo técnico ou boa formação acadêmica. Hoje uma coisa que passou ser mandatória é a capacidade do camarada trabalhar em equipe. Estamos em um mundo que definitivamente de desenvolveu em termos de “NET” ( rede interligada), sendo que o comportamento humano é que de alguma forma construiu isto tudo. Hoje se consegue fazer uma reunião com 20 paises diferentes, cada um na sua sala, discutindo algo de interesse na empresa como um todo. Ninguém trabalha sozinho. Portanto conhecimento técnico, trabalho em equipe e uma dedicação absurda em minha opinião.

4. Até onde devem se seguir as exigências do mercado?

Até onde você se sinta feliz com isto. No momento que as exigências forem grande demais para você, que prejudique seu convivio familiar ou social ou coisa parecida talvez seja hora de sair. Se alguém exigir algo que va contra seus princípios é hora de pegar o boné também. Portanto seguir exigências do mercado por um salário tem que ter o limite de cada um.




Entrevista 2

[ Infelizmente não foi possível conseguir uma foto com o seguinte entrevistado ]


Carlos Hissato Abe
Formado pelo Centro Universitário da FEI , em Engenharia Mecânica

1. O que você considera antiético na sua profissão?
Todo profissional deve ter como princípio básico nas suas atividades o bem-estar da sociedade. Toda atitude que vá contra isso é antiética.

2.Você atua na área esperada?
Sim. Apesar das diversas áreas de atuação do engenheiro, basicamente resume-se em buscar soluções ao menor custo através do conhecimento adquirido, ferramentas que utilizo na atividade atual.
3. O que o mercado exige do engenheiro?
Com a globalização, o mercado tornou-se muito exigente para qualquer atividade, cobrando atualizações constantes na área específica , bem como a necessidade de buscar ferramentas que viabilizem a atividade principal, tais como programas básicos (Word, Excel, Power Point) ou mais avançados. ERP – Enterprise Resource Planis, BI – Business Inteligent etc.
Em algumas situações, o profissional tende a exercer uma função mais administradora (gerência); necessitamos a busca de conhecimentos de outras áreas (fiscal, financeira): que podem ser administradas através de pós-graduação na área ou MBA especifico.


Entrevista 3


Antonio Guilherme Menezes Braga
Formado pela Universidade Santa Cecília , em Engenharia Civil e Engenharia de Segurança do Trabalho.

1. O que você considera antiético na sua profissão?
A concorrência desleal entre os profissionais, não obedecendo ao mínimo das tabelas de honorários propostas pelo sistema.

2. O que esperava fazer quando decidiu cursar engenharia?
Eu queria ser calculista de obras de drenagens e pavimentação, mas acabei virando engenheiro de obras e depois perito.

3. O que o mercado exige do engenheiro?
Qualificação técnica e bom senso.

4. Até onde devem se seguir as exigências do mercado?
Até o limite do código de ética da profissão.


Relatório :

Todas as entrevistas com os profissionais escolhidos foram satisfatórias, a sua maneira, foram solícitos e responderam às perguntas referentes à ética em sua profissão, que no caso é engenharia no geral. Tivemos algumas dificuldades, primeiramente, relacionadas às reuniões de grupo. Os horários foram se tornando cada vez mais “apertados” ao decorrer do ano. E outras dificuldades ocorreram na procura de profissionais e sua disponibilidade, mas foram imediatamente resolvidas, pois os entrevistados foram os próprios pais dos integrantes do grupo.
Aprendemos muito sobre a ética na Engenharia e muitas dúvidas foram esclarecidas ao final de cada entrevista relacionado à profissão de cada um dos engenheiros entrevistados. Concluímos que o trabalho é importante e útil principalmente nessa época na vida dos estudantes do terceiro ano do ensino médio, porém acreditamos que seria melhor se a entrega do trabalho pudesse ser antes do final do ano, com o objetivo de fazer com que os alunos pesquisem ao longo do ano sobre as profissões, mas que não fique para o final do ano, que é uma época extremamente conturbada para a maioria dos alunos.


Fernando Vignola nº 10 ( 3º Christian Barnard)
Flávia Maluza Braga nº 09 ( 3º Luther King )
Helena Sayuri nº 15 ( 3º Christian Barnard)
Henrique Fernandes nº 16 ( 3º Christian Barnard)
Rafael Marques nº 29 ( 3º Christian Barnard)
Rodrigo Gaspar nº 32 ( 3º Christian Barnard)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Trabalho da Ética

Medicina

Profissional Entrevistado : Airton Zogaib Rodrigues
- não temos fotos com o profissional pois a entrevista foi feita por email e por intermédio do filho dele, Rafael Marques, nosso colega de classe.

1) Por que você escolheu essa profissão?
Porque sempre gostava de ciências biológicas e também por influência indireta de meu pai que é médico também.
2) O que você mais gosta na sua profissão
Dos desafios de tratar e amenizar o sofrimento de pessoas enfermas.
3) Em que área você trabalha?
Cirurgia geral.
4) Como começou?
Desde o 1o. ano da faculdade de medicina interessei-me pelas matérias que envolviam aspectos da cirurgia: anatomia, fisiologia, patologia e outras.
5) Como um jovem estudante deve começar?
Aprender o máximo de tudo o que ver e o que lhe é ensinado, aprofundando-se sempre um pouco mais daquilo que está nos livros.
6) Onde se formou?
Escola Paulista de Medicina (Unifesp)
7) como está o mercado de trabalho atual para essa profissão?
Continua aberto para os cirurgiões gerais, embora a remuneração seja ainda muito baixa pelo nível de um profissional que está sempre atualizado.
8)É possivel subir na carreira sem trair os principios éticos?
Sempre!
9) Como é a perspectiva para o futuro do jovem profissional?
Não é muito boa, pois o ensino médico já não é o mesmo e a competição é grande, mesmo daqueles que tem boa formação profissional.
10) O que influenciou a sua escolha para essa profissão?
Indiretamente, meu pai.
11) Você já presenciou uma atitude anti-ética?
Muitas! A principal ocorre quando um médico fala mal de outro médico, muitas vezes sem conhecer a sua conduta e sua formação.
12) Como funciona a ética no caso de erro médico, aborto, eutanásia e o que você pensa sobre esses assuntos?
Funciona como em outras profissões e como outras situações do cotidiano da vida. Quanto ao erro médico, se análise for correta e houver a responsabilidade do médico, a punição deve ser a regra. Quanto ao aborto, sou favorável, após a discussão de seus prós e contras com os pais e principalmente com a mãe. Quanto à eutanásia, sou favorável, depois de discutido o assunto com o doente e seus familiares.
13) Quais são os princípios éticos da medicina?
Princípios fundamentais da prática médica; direitos do médico e do paciente; responsabilidade profissional; relações interprofissionais e com pacientes e familiares; segredo médico; atestados e perícia médica; pesquisa médica e publicidade.
14) Existe diferença de tratamento de um paciente que vem pela rede pública e pelo que vem pela rede particular?
Para mim não faço a menor diferença. Mas infelizmente existem profissionais que não agem dessa forma.
15) Qual é a maior dificuldade na sua profissão?
Compreender a relação da doença com o doente e interferir favoravelmente no curso dessa relação.

Administração

Profissional entrevistada : Maria Inez Marques Rodrigues



1.- Por que você escolheu essa profissão?
Escolhi Administração de Empresas ao examinar as questões e temas envolvidos na profissão , negócios, política, economia, tecnologia,entre tantos outros,com a oportunidade de vivenciar processos em ambiente competitivo, identificando os eventos relacionados com o homem, gerenciando os recursos de conhecimento da sociedade, com as melhores e mais adequadas ferramentas de gestão.

2. - O que você mais gosta na sua profissão?
O que mais gosto em minha profissão é a busca interminável por idéias e soluções sustentáveis que irão fazer o futuro, trazer a inovação, e trabalhar arduamente nos desafios que se apresentam ao longo de cada jornada, desenvolvendo pessoas e inspirando respeito.

3. - Em que área você trabalha?
Minha atuação envolve toda área de Administração de Empresas, Empreendedorismo, Finanças Corpórativas, Políticas e práticas socioambientais, assuntos da Área da Saúde, Pesquisa e Desenvolvimento na linha de Etica, Saúde e Gestão de Stakeholders (Partes Interessadas)

4. - Como começou?
Iniciei minha vida profissional como Secretária de Escola de Auxiliares de Enfermagem, atuando em conjunto com a Direção, no mesmo ano fui promovida para Secretária Executiva do Superintendente da Empresa, período em que realizei Estágio para a Faculdade de Administração de Empresas.

5. - Como um jovem estudante deve começar?
Na minha opinião o jovem estudante de Administração de Empresas tem que estar aberto e "antenado"para a busca constante de conhecimento, estudar os temas propostos, entender o que é gerenciar numa economia de conhecimento e de constantes mudanças,investir seu tempo e energia nas matérias que tiver dificuldades, para superá-las, e aprender a não olhar ó brilho intelectual acima da integridade.

6. - Onde se formou?
Cursei a Graduação na Faculdade de Ciências Econômicas e Comercias de Santos, Fundação São Leopoldo, hoje, UNISANTOS.

7. - Como está o mercado de trabalho atual para essa profissão?
O mercado de trabalho para o Administrador de Empresas está aberto aos profissionais habilitados e preparados para atuar em ambientes competitivos, flexíveis, com muita diversidade cultural. nos inúmeros segmentos de mercado , desde a pequena empresa até as grandes Corporações.


8- É possível subir na carreira sem trair os princípios éticos?É necessário o crescimento profissional dentro da Ética e Boas Práticas, a legitimidade, a transparência, a confiança, são condutas que agregam valor às empresas, e conseqüentemente ao desenvolvimento econômico e crescimento das Nações.a principal qualidade de um Administrador é a integridade de caráter.

9. - Como é a perspectiva para o futuro do jovem profissional ?
As perspectivas para o jovem profissional, Administrador de Empresas são inúmeras, para o atendimento das demandas das empresas públicas , privadas e do terceiro setor.

10. - O que influenciou a sua escolha para essa profissão?
O que influenciou a minha escolha pela Administração de Empresas foi a identificação de minhas habilidades, comparadas as necessidades desta profissão , vontade de crescer, realizar e atuar nos mais diversos cenários mundiais e desenvolvimento educacional, através da responsabilidade pelas pessoas e pelo seu trabalho.

11. - Você já presenciou uma atitude anti-ética?
Sim, presenciamos atitudes anti-éticas diariamente.

12. - Onde está a ética na administração e como você a exerce?
A Ética como estudo da moralidade e agir humano é parte integrante e necessária no exercício da Profissão de Administrador Empresas, o fato de conseguir desenvolver subordinados na direção certa, ajudando a tornarem-se pessoas melhores, irá determinar se também ele próprio poderá conseguir se desenvolver e crescer.

13. - A ambição atrapalha o comportamento ético?
O Administrador trabalha com um recurso específico: o homem, sua função educacional é muito importante no exercício de sua profissão.Ao administrador cabe proporcionar aos outros a visão e a capacidade de realizar,a ambição como desejo, aspiração de um futuro melhor, utilizada com bom senso, sem radicalismo, poder ser saudável.

Psicologia

Profissional entrevistada : Magali Mourão Horcel



1) Por que você escolheu essa profissão?
Na época, a irmã de um namorado fazia psicologia e conversávamos muito a respeito. Além disso, eu sempre li muito, e entre os livros que li, tinham vários do tema, o que foi ajudando na escolha.
2) O que você mais gosta na sua profissão
O que eu mais gosto é poder contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas, ajudá-las a superarem situações muito difíceis e poderem se compreender e compreender aos outros, e também de conhecer cada mundo que uma pessoa traz, que é único.
3) Em que área você trabalha?
Trabalho na área clínica, em consultório particular, no atendimento individual, como psicoterapeuta.
4) Como começou?
Comecei após dois anos de formada. Iniciei minha própria psicoterapia e supervisão, além de grupo de estudos de formação, e subloquei períodos no consultório de amigos.
5) Como um jovem estudante deve começar?
Acredito que, dessa forma, dita acima. É fundamental fazer toda essa formação porque a faculdade não te dá estas condições, e isso deve continuar por muito tempo. Tenho 20 anos de formada e até hoje participo de cursos e grupos de estudo. Somente a psicoterapia e a supervisão é que deixei de fazer, mesmo assim, há pouco tempo.
6) Onde se formou?
Me formei na Unisantos, em Santos/SP
7) Como está o mercado de trabalho atual para essa profissão?
Sou otimista por natureza, e vejo a psicologia se inserindo cada vez mais em todos os campos de atuação, ganhando respeito e credibilidade. Acredito que é boa a perspectiva.
8) É possível subir na carreira sem trair os princípios éticos?
Pode ser que seja possível, acredito que existam muitos profissionais que firam a ética de uma maneira ou de outra, até porque a fiscalização é difícil, depende de denúncias, o que ainda é raro acontecer. Mas uma hora ou outra vem a público, não vem?
9) Como é a perspectiva para o futuro do jovem profissional?
Como em qualquer outra profissão, é preciso muita dedicação para conseguir um lugar ao sol. Particularmente, ser psicoterapeuta não é fácil, porque vc depende de indicações, seja de outros pacientes, de outros profissionais, etc. Então é necessário ir formando uma rede de relacionamentos.
Ajuda também tentar se conveniar com empresas e sindicatos que oferecem o serviço a seus funcionários e geralmente mantém divulgação do seu nome em catálogos profissionais.
10) O que influenciou a sua escolha para essa profissão?
Acredito que o meu próprio modo de ser. Sou emotiva e preocupada com as questões emocionais, sou curiosa por natureza, ávida por conhecimentos a respeito da natureza humana. E adoro ler!
11) Você já presenciou uma atitude anti-ética?
Presenciar, não . A gente fica sabendo através de comentários, de atitudes antiéticas de colegas, mas nada comprovável.
12) Como funciona o sigilo e em que ocasiões ele pode ser quebrado?
O sigilo profissional diz respeito à relação profissional/paciente, no meu caso, e ele deve ser resguardado, sendo possível a quebra de sigilo em situações extremas, geralmente que envolvam questões legais.
13) Onde está a ética na psicologia e como você a exerce?
A ética perpassa toda e qualquer profissão, porque, assim como temos nossa ética pessoal, que é uma série de condutas que dizem respeito ao código moral, aos procedimentos, nas profissões também existem tais procedimentos baseados em critérios sujetivos, como respeito, dignidade, integridade, honestidade. O código de ética da minha profissão é entregue junto com o número de inscrição no Conselho Regional, e abrange várias áreas de atuação. São limites de conduta impostos por lei para que se torne viável e digno o exercício da profissão, e garanta à comunidade o respeito e a qualidade dos serviços prestados.

Direito

Profissional entrevistada : Sandra Santos



1) Por que você escolheu essa profissão?
Para proteger e garantir o direito das pessoas.
2) O que você mais gosta na sua profissão?
A possibilidade de fazer o bem e a obtenção do justo.
3) Em que área você trabalha?
Direito Civil/Família/Contratos/Consumidor/Indenizatórias.
4) Como começou?
Na escola, desde criança, defendendo o direito dos meus colegas, quando sofriam algum tipo de injustiça.
5) Como um jovem estudante deve começar?
Deve, primeiramente, FAZER O QUE GOSTA (ter sucesso é conseqüência) . Aí, se possível, dedicar-se integralmente aos estudos e, no terceiro ano, fazer estágio.
Havendo necessidade de trabalhar, tentar algo na área, mesmo que seja em outra função e estudar, sempre que tiver um tempinho disponível (melhor dedicar um tempo quando está na faculdade, do que ter que "ralar" depois para tirar o prejuízo)
6) Onde se formou?
UNISANTOS
7) Como está o mercado de trabalho atual para essa profissão?
Tem muitas opções, inclusive no que concerne aos concursos públicos. Ademais, novos direitos estão surgindo, como por exemplo, o eletrônico. Pode-se atuar também em ONGS, direito internacional, ambiental, além dos mais tradicionais.
8) É possivel subir na carreira sem trair os principios éticos?
Sem dúvida, só é possível crescer sendo ético. Pode ser, num primeiro momento, que Você suba sendo aético, mas, certamente levará um tombo.
9) Como é a perspectiva para o futuro do jovem profissional?
A perspectiva quem faz somos nós. Vai depender do tamanho do seu sonho.
10) O que influenciou a sua escolha para essa profissão?
A vontade de fazer Justiça.
11) Você já presenciou uma atitude anti-ética?
Sim, infelizmente.
12) A corrupção é muito comum? por que?
A corrupção em nenhum momento se justifica. Infelizmente, ela é mundial. Basta verificar os escândalos internacionais. Em nível de Brasil, ainda é pior. O poder e o dinheiro corrompem quem não tem princípios. A impunidade também é um fator de estímulo para os corruptos. Falta base familiar. Falta alma.
13) Quais são os princípios éticos da sua profissão?
De maneira geral, aplicado a qualquer profissão, a lei de ouro na ética é:
Não faça ao outro o que não queres que o outro faça a ti (atitude passiva).
Faça ao outro o que queres que o outro faça a ti (atitude ativa).
14) O que leva o profissional de direito se corromper?Não está ligado ao profissional do direito, mas ao ser humano, independente da sua profissão.
Esta resposta está vinculada às demais, especificamente, à falta de princípios éticos.




Relatório

As entrevistas foram um pouco difíceis de conseguir, por falta de tempo dos entrevistados e entrevistadores. Por isso duas das entrevistas foram feitas por e-mail, como se pode ver na foto da entrevista à Sandra Santos.
Com o trabalho, esperávamos ver como a ética era exercida em diferentes profissões, e também saber como foi a escolha da profissão de cada um.
Os resultados obtidos superaram o que esperávamos, os entrevistados deram respostas completas e se abriram a duvidas e esclarecimentos, o que foi muito bom.
Com as respostas pudemos ver que a ética tem um papel muito importante em todas as profissões e que ela pode ser exercida sem prejudicar o crescimento profissional da pessoa, pelo contrario, a faz ‘subir’ na carreira de um jeito melhor, honesto e integro, por mais clichê que isso possa parecer.
Por fim gostaríamos somente de sugerir uma mudança de data para a proposta e para o trabalho ser entregue pois no final do ano, tudo fica muito corrido e acabam acumulando trabalhos e isso dificulta tudo. Mas achamos a proposta muito boa e o tema do trabalho também.

Ariane n°04
Giulia n°12
Jéssica n°17
Julia n°19