quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ética e Profissões Direito / Relações Internacionais



Direito

Entrevistada : Renata Oliveira Costa, estudante de Direito pela UNESP - Franca





1-Nome completo

Renata Oliveira Costa

2-Ocupação atual

Estudante

3-Formação profissional

Graduação no curso de Direito da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

4-Como tem sido sua experiência numa faculdade pública?Você acha que uma particular seria melhor ou pior?

O curso em uma faculdade pública tem atendido tanto as minhas expectativas boas quanto as ruins. O conteúdo da matéria cobrada e dos textos passados são de um nível intelectual maior do que a média dos outros cursos, os debates em classe costumam render idéias muito interessantes propostas pelos próprios alunos e a faculdade como um todo é mais engajada social e politicamente do que o que costumamos observar nos cursos de Direito de maneira geral. Mas os problemas comuns de universidades públicas, amplamente divulgados por alunos e mesmo pela mídia, efetivamente se fazem presentes no cotidiano de seus alunos e funcionários. Falta de professores efetivamente concursados, ausência de comprometimento por parte de alguns, falta de verba para investimentos no Restaurante Universitário, para melhorias no espaço físico, para aumento do acervo da biblioteca são dificuldades que infelizmente se tornam rotineiras no dia-a-dia de uma faculdade pública. A questão de ser melhor ou pior é extremamente subjetiva, depende muito do perfil do aluno e de seu projeto de vida e de carreira. Para quem quer ser advogado, por exemplo, o mais aconselhável seria fazer uma faculdade particular em uma grande cidade, que prepara os alunos para o mercado desde muito cedo, em detrimento de um embasamento teórico mais reforçado. No meu caso, que pretendo partir para a área de concursos, ou para quem sonha com a carreira acadêmica, a grade curricular mais teórica de uma faculdade pública é mais pertinente para a preparação desses futuros profissionais, além do fato de que sair da casa dos pais e ir morar em outra cidade enriquece muito a experiência de vida do jovem e oferece a possibilidade da aquisição da independência e desenvolvimento de responsabilidades.

5-Por que você escolheu estudar esse assunto?

O Direito sempre me despertou o interesse desde que eu era criança. Gosto de lidar com as pessoas e sempre pensei em escolher uma carreira com a qual eu pudesse me sentir útil para a sociedade na qual eu vivo. Optei pelo Direito por unir essa possibilidade de colaborar positivamente para efetuar mudanças com o fato de ser um curso interessantíssimo, pois com ele há a oportunidade de estudar o sistema jurídico a qual todos nós estamos submetidos, os motivos de ele existir, os diferentes aspectos dos diversos “Direitos” dos outros países ou das sociedades antigas e todos esses assuntos me despertam o interesse e gosto de estudá-los.

6-Como você acha que deve ser o perfil de quem quer estudar o mesmo?

Quem pretende cursar Direito deve ter gosto por muita leitura e ter disponibilidade para estudar bastante. No mais, a carreira abrange diversos tipos de atuação, logo nenhum perfil está descartado. Nas classes do curso encontramos desde os mais falantes e entusiastas, geralmente voltados para a advocacia, como também encontramos os mais reclusos em matéria de debates em aula mas que se desenvolvem melhor na área da análise e dos pareceres escritos. O “requisito” é mesmo o hábito de ler e estudar, pois sem eles é inviável fazer um bom curso e talvez pela maioria ignorar essa condição encontra-se atualmente tantos bacharéis com formação precária na área do Direito.

7-O campo de atuação/mercado de trabalho está favorável? É abrangente?
Muito provavelmente o Direito é uma das áreas mais abrangentes em matéria de carreira a ser seguida. Existe desde a área da advocacia particular, pública, de consultoria para empresas até todas as possibilidades de carreiras públicas como juiz, delegado, promotor e também a atuação na área acadêmica. O mercado de trabalho na área específica da advocacia particular nas grandes cidades está já um pouco saturado, mas de maneira geral as outras possibilidades oferecem grandes oportunidades para se construir uma boa carreira.

8-As profissões que podem ser desenvolvidas a partir dessa formação profissional têm que valor para a sociedade?
Valor imprescindível para qualquer sociedade. Ubi societas, ubi jus: onde há sociedade, há direito. Onde houver seres humanos, imperfeitos, passionais, precisará haver operadores do Direito para garantir direitos, proteger bens jurídicos, organizar a sociedade, estabelecer a ordem, buscar a justiça. O Direito não representa apenas um valor para a sociedade, ele possibilita a sua existência e manutenção pois sem o mesmo a humanidade viveria mergulhada na barbárie.

9-Quão importante você julga que é a ética,particularmente, nessas profissões?

A ética é o que podemos considerar condicio sine qua non ( traduzindo literalmente “condição sem a qual não”, condição indispensável) para exercício de qualquer função ligada ao Direito. É um valor profundamente entrelaçado com a justiça e com a moral, que devem ser os norteadores da atuação de operadores do Direito em quem foram confiadas responsabilidades tão grandes, a quem foi entregue o poder de influenciar diretamente a vida das pessoas. A ética é indispensável.

10-É comum a falta de ética nesses campos? Se sim, quão prejudicial é essa falha para a sociedade?

Não chegaria a dizer que é comum no sentido de ser constante, mas diria que é comum no sentido de que eventualmente acontece e que, nesses casos, o fato é amplamente notificado criando pré-conceitos e generalizações por parte da população. O número de casos conhecidos de corrupção no sistema jurídico é grande mas comparado ao número total de casos resolvidos, percebe-se que seria leviano julgar um sistema jurídico inteiro por um número proporcionalmente pequeno nos quais, infelizmente, houve falta de ética por parte de operadores do Direito. Quando ocorre, essa irregularidade causa efeitos terríveis, pois há a corrupção do valor maior, do objetivo de qualquer provocação do sistema jurídico, que é a busca pela justiça, tornando ineficaz e lesionadora qualquer decisão e qualquer desdobramento baseado no procedimento corrompido.

11-O que você espera de si mesma (bem como de seus colegas de turma e nós deste trabalho,futuros formandos em direito)quando chegar a hora de exercer uma profissão nessa área?

Espero que todos nós possamos ser bons profissionais, aptos na parte técnica e preparados no que diz respeito a caráter e a consciência a respeito de nossos papéis na sociedade em que vivemos, para podermos não só nos realizarmos profissionalmente, nos estabilizarmos economicamente mas também para exercer a função social que qualquer operador do Direito, em especial os formados em faculdades públicas, sustentadas com impostos, tem perante a população.



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Relações Internacionais
Entrevistado : Fabiano L. de Menezes

Profª Teca,
Devido a um imprevisto profissional, o Profº Fabiano não pôde responder as nossas questões.
Aqui estão os e-mails que o grupo trocou com ele.









RELATÓRIO DAS ATIVIDADES

Avaliação das entrevistas

Ao reunirmo-nos, nossa preocupação em formular a entrevista era voltada para perguntas que reunissem o máximo possível de informações sobre as profissões que nos interessam. Após a criação de dez perguntas objetivas, achamos que nossos interesses,bem como a proposta do trabalho, tinham sido satisfatoriamente abordados. No entanto, após a escolha dos entrevistados, acrescentamos mais uma questão em uma entrevista e modificamos duas em outra (para obter um “extra” de conhecimento de nossos entrevistados). Infelizmente, um de nossos entrevistados teve um imprevisto e não pôde nos ajudar. Contudo, fomos surpreendidos pelo resultado da entrevista que realizamos que ficou aquém de nossas expectativas: enquanto respondia a nossos questionamentos, nossa entrevistada manteve em mente quem somos (ambos os entrevistados nos conhecem) e deu respostas “personalizadas”. E, embora nós devamos admitir que estávamos mais preocupados em conhecer melhor a profissão que escolhemos, nossa entrevistada respondeu às questões sobre ética tão completamente quanto às outras, atingindo o objetivo proposto no trabalho.

Dificuldades encontradas em cada uma das etapas do trabalho.

O trabalho foi composto por diversas dificuldades. Entre elas pode-se citar a divergências entre os horários disponíveis para a produção do trabalho devido à compromissividade dos membros. Além disso, tivemos problemas para entrar em contato com os entrevistados, pois, por exemplo, Relações Internacionais possui um pequeno número de profissionais, atuando ou que já atuaram na área, o que resumiu mais as possibilidades de entrevistas. Recorremos entrar em contato através de e-mails, porém nem todos foram respondidos, atrasando mais e mais o desenvolvimento do trabalho. Mas, apesar de tantos problemas surgirem o trabalho foi completado atendendo nossas expectativas, isto é, com sucesso.

Avaliação final: da proposta de trabalho, da atuação do grupo, do resultado alcançado pelo grupo.

A proposta de trabalho nos facilitou ter certeza da nossa futura profissão, aprendemos nas entrevistas como é dia a dia de um profissional da área, o campo de atuação e o quão importante é a ética nessa profissão. Com os resultados obtidos foi possível comprovar as dificuldades, que toda profissão possui, pelo fato de o mercado está supersaturado, por outro lado comprovamos o lado bom da profissão também. Os bons resultados nos motivaram a lutar em busca de nosso maior objetivo: conseguirmos ser bons profissionais no futuro. No grupo, as ações foram divididas, mas o fato de o grupo ter um número grande de integrantes dificultou um pouco para as reuniões.

Críticas e sugestões

A proposta do trabalho é de grande importância para a escolha da carreira a se cursar, porém foi percebido pelo grupo que seria mais adequado se o trabalho fosse passado no 1º semestre ou até o 3º bimestre, já que as inscrições para os grandes vestibulares iniciam-se geralmente a partir de setembro, pois após a conclusão do trabalho o aluno, satisfeito o não com a vida profissional da carreira selecionada, tem a chance de mudar ou manter sua escolha na inscrição do vestibular. Acreditamos ser somente essa nossa sugestão.

Domitila Victor Furtado - 3º Chico Buarque - nº 08
Lucas de Lorena Silva Cunha - 3º Chico Buarque - nº 19
Ana Carolina Camargo Rodrigues - 3º Christian Barnard - nº 03
Felix Edward Mendes Foakes - 3º Christian Barnard - nº 34
Rafael de Castro Perez - 3º Christian Barnard - nº 27
Victor Waller Domingues Sadalla - 3º Christian Barnard - nº 36

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